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Coordenador do Fórum dos Governadores propõe "Pacto pela Democracia"

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

23/08/2021 11h12Atualizada em 23/08/2021 11h57

Na reunião dos governadores, o coordenador do Fórum dos Governadores e governador do Piauí, Wellington Dias (PT), defendeu a criação de um "Pacto pela Democracia", nos moldes do "Pacto pela Vida", proposto pelos mesmos gestores durante a pandemia do novo coronavírus.

"O Brasil precisa criar um ambiente de diálogo e de segurança, principalmente para os investidores", afirmou.

O petista propôs aos demais gestores que firmem um compromisso em favor da "democracia, do respeito à Constituição e na defesa das instituições democráticas. O encontro conta com 24 dos 27 governadores da federação.

Na pauta do encontro, divulgada antes à imprensa, já constava a apresentação do governador do Piauí e presidente do Fórum dos Governadores, Wellington Dias (PT), sobre a defesa da democracia e os possíveis riscos de um rompimento no pacto federativo.

Ao se manifestar, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu a construção do pacto e afirmou que os gestores não podem "se silenciar" diante das "ameaças" que a democracia estaria sofrendo "constantemente".

Também do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que a crítica é necessária, mas com argumentos e não "com ataques pessoais ou às instituições".

"É grave o fato em que vivemos no Brasil e acho que exige da nossa parte, já que a União é a soma das partes, somos governantes dos estados que compõem essa União, e devemos nos posicionar", disse.

Segundo o governador da Bahia, Rui Costa (PT), a "postura autoritária" do presidente e a insistência de Bolsonaro em "atacar o STF (Supremo Tribunal Federal), a Justiça e a todos os defensores da democracia", tem prejudicado os investimentos externos no Brasil.

"A repercussão desse comportamento do presidente ocorre nos investimentos externos, o que causa um grande prejuízo na economia dos estados", afirmou ao também classificar a perda de investimentos estrangeiros como uma "tragédia".

A reunião que acontece três dias depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviar ao Senado um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O encontro ocorre de maneira virtual e presencial no Palácio do Buriti, sede do governo de Brasília.