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Com convite a PSD e MDB, Lula quer reunir líderes de 14 partidos

09.nov.22 - O presidente eleito Lula durante entrevista concedida sobre transição de governo - FÁTIMA MEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
09.nov.22 - O presidente eleito Lula durante entrevista concedida sobre transição de governo Imagem: FÁTIMA MEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília

10/11/2022 10h51Atualizada em 10/11/2022 13h57

Em uma tentativa de ampliar e consolidar uma base no Congresso para garantir o Bolsa Família de R$ 600 no ano que vem, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou parlamentares de 14 partidos para reunião nesta quinta-feira, 10.

O quórum foi alto, mas nem todos os partidos convidados compareceram —ninguém do Republicanos foi. Foram convidados membros dos partidos aliados ao PT, como PSB, Rede, PV, Solidariedade, MDB, Avante, PSOL e outros partidos relevantes com os quais Lula tenta aproximação, como PSD, PSDB e Cidadania e Podemos

Os dois convidados do Republicanos que constavam na lista não apareceram: Silvio Costa Filho (PE) e Stelio Dener (RR). O deputado Silvio Costa Filho disse ao UOL que não compareceu à reunião porque teve de voltar para Pernambuco.

Estiveram presentes dezenas de parlamentares do PT e dos partidos aliados no parlamento. Eles começaram a chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil por volta das 9h30. Às 11h, o público presente se reuniu no auditório do CCBB para ouvir uma fala de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Gleisi Hoffmann (PT).

Essa é a primeira reunião de Lula desse porte desde o resultado das eleições. Inicialmente o encontro aconteceria a portas fechadas, mas o evento foi aberto e acompanhado pela imprensa.

Lideranças convidadas entenderam o convite como uma forma da dar início ao diálogo entre o governo eleito e o parlamento.

O deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE) disse que vê um "bom clima" no Congresso Nacional na relação com Lula. "Sinal positivo do presidente fazer esse contato com parlamentares e com líderes, da base. Estou vendo clima bom no parlamento", disse na entrada do evento.

Os detalhes da PEC da transição, que deve garantir algumas das principais promessas de campanha de Lula, são a maior expectativa das lideranças.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) está responsável pela apresentação do texto. Uma das dúvidas é o valor exato que a PEC tentará garantir no orçamento de 2023.

Alckmin agradeceu aos partidos que compareceram. "Gleisi Hoffmann colocou 14 partidos que participam. Essa é uma tarefa coletiva. Quem ouve mais erra menos", afirmou.

"Alckmin tem a responsabilidade da saúde das contas públicas", afirmou o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), que também integra a área de saúde da transição.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que dizia versão anterior desse texto, o Podemos não é aliado ao PT. A informação foi corrigida.