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Comissão de Ética da Presidência pune Sérgio Camargo por assédio moral

Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

10/11/2022 09h49Atualizada em 10/11/2022 10h49

O ex-presidente da Fundação Palmares Sérgio Camargo foi punido pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República com a aplicação de censura ética pela suposta prática de assédio moral, discriminação de religiões, de lideranças de religiões africanas e manifestações indevidas nas redes sociais.

A punição consta em uma nota pública feita pela comissão na última segunda-feira (7). O documento não detalha quais foram os episódios que motivaram a aplicação da censura ética contra Camargo.

O UOL tenta contato com o ex-presidente da Fundação Palmares para comentar o assunto.

Entre outras atribuições, a Comissão de Ética Pública é o órgão responsável pela investigação de condutas de cargos da alta administração do Poder Executivo. O órgão pode atuar quando é acionado por alguém que pede a apuração de algum fato ou de ofício, sem que seja acionado por ninguém.

Se a comissão entende que há algum tipo de infração ética por algum funcionário público em casos em análise, pode aplicar uma advertência e até recomendar a exoneração do agente.

No caso dessa recomendação, ela é feita ao presidente da República, que pode ou não acolhê-la.

A punição aplicada a Camargo, no entanto, não chega nesse nível. A censura ética da qual o ex-presidente da Fundação Palmares é alvo é uma espécie de reprimenda da administração pública que fica marcada no currículo do agente público.

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Camargo tentou uma vaga na Câmara por São Paulo, mas acabou não sendo eleito. Ele recebeu 13.085 votos e ficou com uma vaga de suplente.