Topo

Prefeitura de SP: Variante P.1 infectou 64% dos casos na cidade em março

Afonso Ferreira, Leonardo Martins e Rai Aquino

Colaboração para o UOL e do UOL, em São Paulo

26/03/2021 11h22

Na cidade de São Paulo, a variante P.1, conhecida como variante de Manaus, já é responsável por 64,4% dos casos de coronavírus no mês de março, segundo a Prefeitura de São Paulo. A variante, apontam estudos, é duas vezes mais transmissível e produz uma carga viral maior que o vírus convencional da covid-19 no corpo humano.

As informações foram divulgadas hoje pelo secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, em entrevista coletiva.

Aparecido explicou que a prefeitura de São Paulo realizou um estudo sorológico para monitorar as ações do vírus na cidade, com dados coletados durante a primeira semana de março.

A principal conclusão do monitoramento foi de que 71,2% das pessoas infectadas na capital se contaminaram com novas variantes do vírus: 64,4% se contaminaram com a P.1, e outros 6,8% com a variante B.1.1.7., conhecida como variante do Reino Unido.

A secretaria afirma que a faixa etária mais afetada pelo vírus é dos 20 a 54 anos. "São esses os pacientes que, em números cada vez mais acentuados, procuram os hospitais da cidade quase sempre em estágio mais avançado", disse Aparecido.

P.1 em todas regiões

A diretora da Divisão de Vigilância Epidemiológica da prefeitura, Selma Anequini Costa, ressaltou que a variante P.1 está espalhada por toda cidade e ressaltou a importância das medidas de prevenção.

"A circulação dessa variante, P.1, chamada de variante de Manaus, está em todo o município de São Paulo, em todas as regiões, não houve diferença. O importante para a população é manter as três principais orientações que a gente sempre fala: o distanciamento social, o uso correto de máscaras e a higiene de mãos", disse.

A forma de transmissão é a mesma, não sabemos como se comportam essas variantes em termos de capacidade de transmissão, então a gente precisa tomar muitos cuidados agora. Está na mão da população também para que a gente diminua o número de casos. Selma Anequini Costa, diretora da Divisão de Vigilância Epidemiológica