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Carlos Bolsonaro encaminha ofício ao MP contra passaporte da vacina de Paes

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que encaminhou ofício ao MPRJ contra o passaporte da vacina do prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) - Alexandre Neto/Photopress/Estadão Conteúdo
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que encaminhou ofício ao MPRJ contra o passaporte da vacina do prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) Imagem: Alexandre Neto/Photopress/Estadão Conteúdo

31/08/2021 20h06Atualizada em 31/08/2021 21h38

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) apresentou hoje um ofício ao Ministério Público do Rio de Janeiro contra o passaporte da vacina, anunciado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD).

O passaporte, que começa a valer em 15 de setembro, é um comprovante de que a pessoa se vacinou contra a covid-19. O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governo federal defendem que a imunização não deve ser obrigatória —é preciso apresentar o comprovante no Rio de Janeiro para acesso e permanência no interior de estabelecimentos, por exemplo. A exigência exclui bares e restaurantes.

Também será necessário estar vacinado para realizar cirurgias eletivas ou para manutenção no programa Família Carioca, de transferência de renda. Poderá ser apresentado o comprovante de primeira e segunda dose ou dose única, dependendo do cronograma oficial de vacinação do município.

Em mensagem publicada numa rede social, o vereador Carlos Bolsonaro afirmou que apontou "irregularidades da exigência do passaporte da vacina".

No mesmo dia que Paes anunciou o passaporte da vacina, o ministro da Saúde se manifestou contra a medida. Segundo ele, o povo brasileiro "é livre" para poder escolher os métodos de combate ao coronavírus.

"Não ajuda em nada. Somos contra isso. O povo brasileiro é livre, queremos que as pessoas exerçam de acordo com sua consciência", opina.

No UOL Debate de segunda, as especialistas entrevistadas se mostraram totalmente a favor de tal medida: "A gente sempre tenta conscientizar as pessoas através da ciência, dos dados, das coisas mais transparentes possíveis, mas a gente vê que muitas vezes o que realmente funciona é quando você faz medidas restritivas, daí, sim, mexe no dia a dia das pessoas, que se veem quase que obrigadas a ir atrás da vacinação para poder frequentar os lugares", disse Rosana Richtmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.