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Queiroga critica passaporte da vacina: 'Não ajuda em nada'

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a prestar depoimentos à CPI da Covid para justificar quais foram as ações e omissões do governo federal no combate à pandemia - Adriano Machado/Reuters
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a prestar depoimentos à CPI da Covid para justificar quais foram as ações e omissões do governo federal no combate à pandemia Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

27/08/2021 15h40Atualizada em 27/08/2021 15h46

"Não ajuda em nada". Essa foi a declaração de hoje do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a adoção do passaporte da vacina, instrumento de controle adotado por regiões de São Paulo e do Rio de Janeiro.

A medida exigirá a comprovação obrigatória da vacinação contra a covid-19 para o acesso e permanência do público no interior de alguns estabelecimentos e serviços.

Segundo o ministro, que é médico cardiologista, o povo brasileiro "é livre" para poder escolher os métodos de combate ao coronavírus. As falas de Queiroga contra as medidas sanitárias que buscam frear a contaminação pela doença acontecem mesmo com o avanço da variante delta, a mais contagiosa da covid-19.

Não ajuda em nada. Somos contra isso. O povo brasileiro é livre, queremos que as pessoas exerçam de acordo com sua consciência
Marcelo Queiroga

Queiroga foi questionado por jornalistas sobre a liberdade não ser uma garantia de que todas as pessoas usem medidas de proteção contra o vírus. Um dos exemplos utilizados pelo ministro para rebater a pergunta foi o uso de máscara.

"Uso máscara porque acho importante, você também", disse o ministro. Uma jornalista, no entanto, rebateu e disse ainda assim é possível ver muitos sem usar o item.

Muita gente não usa, mas a gente tem trabalhando fortemente para que medidas não farmacológicas sejam adotadas. Mas a medida para combater a pandemia é a vacinação, sem dúvidas
Marcelo Queiroga

Em momentos anteriores, o ministro da Saúde declarou ser contra o uso de máscaras. A pedido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a pasta estuda possibilidade de desobrigar o uso do item.

"A recomendação do Ministério da Saúde têm sido de conscientizar as pessoas e não ficar mutando as pessoas. Não queremos criar imposições para as pessoas. Queremos cada um dos brasileiros aliados ao Ministério da Saúde para que consigamos vencer a pandemia", disse Queiroga durante evento promovido pela XP Investimentos.

Marcelo Queiroga, chegou a prestar depoimentos à CPI da Covid para justificar quais foram as ações e omissões do governo federal no combate à pandemia