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Ataque com carro-bomba a hotel de Mogadício deixa dez mortos

Automóvel fica em chamas após ataque terrorista ao hotel Ambassador, em Mogadício, capital da Somália. O grupo al-Shabaab, ligado à Al Qaeda, assumiu a autoria do atentado - Mohamed Abdiwahab/AFP
Automóvel fica em chamas após ataque terrorista ao hotel Ambassador, em Mogadício, capital da Somália. O grupo al-Shabaab, ligado à Al Qaeda, assumiu a autoria do atentado Imagem: Mohamed Abdiwahab/AFP

Em Mogadício (Somália)

01/06/2016 18h46

Um ataque com carro-bomba a um hotel no centro de Mogadício, capital da Somália, e reivindicado por islamitas somalis, deixou pelo menos dez mortos nesta quarta-feira (1º), entre eles dois deputados, e cerca de 40 feridos, informaram fontes médicas e de segurança à AFP.

Segundo agentes de segurança e testemunhas, os criminosos invadiram o hotel logo após a explosão, que ocorreu às 17h40 no horário local, e tiros foram ouvidos.

À noite, o tiroteio seguia em andamento no interior do hotel, sugerindo que estava em curso um ataque das forças especiais contra os invasores.

O ataque começou com a "explosão de um carro-bomba no hotel Ambassadeur, na rua Makkah Almukarramah (...), onde se hospedam vários parlamentares", disse mais cedo à AFP uma fonte da segurança.

A mesma fonte informou que a explosão foi seguida por "um ataque complexo".

"Vi vários corpos na parte externa do hotel, mas não sabemos quantas pessoas estão no interior nem o número de vítimas", explicou à AFP uma testemunha, Ibrahim Sheik Nur.

Outra testemunha, Mohamed Elmi, contou ter visto "sete corpos, em sua maioria carbonizados". Segundo ele, a explosão foi "muito forte".

"As forças de segurança estão agora dentro do prédio e toda a zona foi isolada", disse Sheik Nur.

O jornalista da AFP no local confirmou que ainda ocorrem disparos esporádicos procedentes do hotel.

Segundo fontes concordantes, os agressores eram três: um deles foi morto fora do hotel e outros dois conseguiram entrar no prédio.

Os shebab, ligados à rede Al Qaeda, juraram derrubar o governo somali, apoiado pela comunidade internacional e defendido pela Amisom, a força da União Africana, composta por 22 mil homens.

A Amisom, graças a seu maior poder militar, expulsou os shebab de Mogadício em agosto de 2011.

Apesar de ter perdido a maioria de seus bastiões, os shebab ainda controlam vastas zonas rurais e realizam operações de guerrilha e atentados suicidas, inclusive na capital.