Xi Jinping adverte que tensões na Ásia-Pacífico lembram a 'Guerra Fria'
O presidente da China, Xi Jinping, advertiu nesta quinta-feira (11, noite de quarta-feira no horário de Brasília) sobre o perigo de retornar às tensões da Guerra Fria na região da Ásia-Pacífico, e pediu maior cooperação na recuperação pós-pandemia e nas questões climáticas.
Em meio à crescente tensão com os Estados Unidos sobre Taiwan, compensada, em parte, pelo acordo-surpresa entre Pequim e Washington sobre o clima, Xi declarou que todos os países da região devem trabalhar juntos nos desafios comuns.
"A região da Ásia-Pacífico não pode nem deve recair na confrontação e na divisão da época da Guerra Fria", disse o líder chinês, durante uma conferência empresarial virtual realizada à margem da cúpula do bloco de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
Xi pediu um esforço conjunto para fechar a "lacuna de imunização", fazendo com que as vacinas contra a covid-19 sejam mais acessíveis aos países em desenvolvimento.
"Devemos traduzir o consenso de que as vacinas são um bem público mundial em ações concretas para garantir sua distribuição justa e equitativa", afirmou o chefe de Estado chinês na reunião celebrada na Nova Zelândia.
Xi assinalou que a região deve garantir que os países em desenvolvimento possam ter acesso e custear as vacinas contra a covid-19.
Na quarta-feira, a China explicou que havia chegado a um acordo com os Estados Unidos na COP26 em Glasgow, na Escócia, sobre a mudança climática, uma área-chave em que o governo Biden vê potencial para a cooperação com o gigante asiático.
"Todos nós podemos entrar em um caminho de desenvolvimento verde e sustentável, com baixa emissão de carbono", afirmou Xi, mas sem mencionar diretamente o acordo com os Estados Unidos.
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