Defensoria pública: ação da PM contra estudantes no Rio foi desproporcional
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro divulgou, neste sábado (21), uma nota em que critica o uso de força pela Polícia Militar (PM) durante a desocupação da sede da Secretaria Estadual de Educação.
O prédio estava ocupado desde a tarde de ontem (20) por alunos da rede estadual e foi desocupado pelo Batalhão de Choque da PM na madrugada de hoje.
Segundo a Defensoria Pública, a ação da polícia, que usou spray de pimenta para desocupar o prédio, foi desproporcional e não teve autorização judicial. Para a defensoria, a segurança dos alunos deveria ser prioridade.
"Como expressamos em ação civil pública ajuizada quando iniciadas as ocupações, defendemos o direito à manifestação e reunião pacífica. Acreditamos que o diálogo e a mediação são os caminhos eficazes na solução de conflitos", informa a nota.
Também por meio de nota, a Polícia Militar informou que tentou um diálogo com os estudantes e que, inicialmente, eles concordaram em deixar o prédio. Mas, depois, segundo a PM, os estudantes desistiram de sair e resolveram manter a ocupação. Na versão da polícia, apenas nesse momento os policiais usaram o spray de pimenta.
Os estudantes disseram que, além do spray, alguns manifestantes ficaram feridos e foram arranhados durante a desocupação.
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