Vigilante diz que 'chutou' metade das questões do Enem
Porto Alegre - Na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, os primeiros candidatos a acabar o teste do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deixaram as salas logo após as 15h. O primeiro a sair do prédio foi o vigilante Marcelo Silva, 27 anos. Com o ensino fundamental incompleto, ele fez a prova para concluir os estudos - mesmo tendo dúvidas se o exame é válido para sua condição. "Estou fazendo um teste. Na prova tinham muitas questões difíceis, que cansam a leitura. Chutei a metade", afirmou. Para este domingo (9), espera que a redação exija muito mais. Sua maior dificuldade é ter deixado os estudos em 2009. De lá para cá, ficou longe dos livros.
Já o universitário Marcelo Fogaça, 24, achou a prova fácil. Formando em Economia, ele tenta o Enem de olho em uma segunda graduação. "Se eu não conseguir entrar num mestrado, quero fazer faculdade de administração ou políticas públicas, quem sabe." O estudante elogiou a organização do evento: "Está muito boa. Melhor do que eu esperava".
O agente de viagens Marcelo Salaberry, 33, sentiu mais dificuldades nas questões de química. "Foi difícil lembrar das fórmulas. Me formei no segundo grau em 1997. É muito tempo", comenta. Estudante de um curso universitário à distância, ele faz o Enem para tentar se gabaritar a uma bolsa de estudos para a graduação.
Salaberry disse que esperava mais questões sobre atualidade. "Não perguntaram nada de política atual. Mas teve questões de Segunda Guerra." Em todo o Rio Grande do Sul, 473.946 candidatos estão cadastrados para a realização das provas do concurso deste ano - 5,43% dos 8,7 milhões de inscritos em todo País.
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