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Paes ironiza corte de gastos do governo em evento com a presença de Dilma

No Rio

12/05/2015 12h41

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que no mês passado se desentendeu com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por causa da dívida do município com a União, ironizou nesta terça-feira (12), a política de corte de gastos da equipe econômica.

Em discurso ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT) e da presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, durante entrega de moradias do programa Minha Casa Minha Vida, afirmou: "A Miriam é a banqueira do governo, que dá dinheiro para o Rio. O Joaquim Levy corta e a Miriam Belchior dá um jeito de dar dinheiro", discursou. Dilma e outras autoridades presentes riram da frase do prefeito, que voltou a exaltar a parceria entre os governos federal, estadual e municipal.

No evento, a presidente afirmou que o governo federal precisa fazer ajustes para o Brasil crescer mais rápido e gerar mais empregos, mas salientou que este processo não afetará o principal programa habitacional do governo federal. "Nós iremos não só manter o Minha Casa Minha Vida em uma terceira fase, mas vamos melhorar ainda mais o programa", disse a presidente, durante a cerimônia de entrega de 1.484 moradias.

Ela anunciou para os próximos meses o lançamento da terceira etapa do MCMV, com 3 milhões de novas moradias. A presidente projetou encerrar seu segundo mandato, em 2018, com cerca de 27 milhões de brasileiros beneficiados pelo programa habitacional.

Um grupo de 70 pessoas, que receberia as chaves de um condomínio em Jacarepaguá, na zona oeste, foi frustrado pela informação de que o Habite-se, autorização para entrada nos imóveis, não foi concedido a tempo, mas recebeu a promessa do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, de que a autorização será concedida até o fim da semana.

Troca de gentilezas

Na abertura de seu discurso, a presidente destacou "os parceiros essenciais" para o bom resultado das ações do governo federal no Rio de Janeiro. "São grandes gestores, mas, sobretudo, seres humanos com sensibilidade para os problemas que afetam a vida da população que eles representam", falou, em referência a Paes e ao governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).