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Pesquisa mostra que 53% são contra indicação de Eduardo à embaixada

O cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, vago desde abril, deve ser ocupado por Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República - Paola De Orte/Agência Brasil
O cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, vago desde abril, deve ser ocupado por Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República Imagem: Paola De Orte/Agência Brasil

Redação

São Paulo

21/07/2019 08h12

Pesquisa do Ideia Big Data em parceria com o site BR18 mostra que 53% dos entrevistados avaliam que o presidente Jair Bolsonaro não deveria indicar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de embaixador do Brasil em Washington.

Questionados sobre essa possibilidade, que tem sido frequentemente repetida pelo presidente, 53% discordam, 33% concordam e 13% não sabem opinar.

O levantamento foi realizado por pulso telefônico no dia 17 de julho com 2.222 pessoas. Dessas, 43% disseram que a indicação é compatível com nepotismo, 38% discordam dessa avaliação e 19% não opinaram.

Quanto ao apoio que a possível nomeação tem recebido de aliados de Bolsonaro que acreditam que Eduardo, por ser filho do presidente, teria mais acesso ao governo dos Estados Unidos e capacidade de conseguir melhores negociações para o Brasil, 50% não concordam com esse ponto de vista, 39% concordam e 11% não souberam opinar.

O presidente já trata com confiança a indicação do filho para a representação diplomática nos EUA, o mais cobiçado e de maior prestígio no Itamaraty.

No dia 12 de julho, ele disse achar muito difícil que o governo americano recuse a indicação de Eduardo Bolsonaro. O presidente afirmou que o filho irá para "trabalhar" e ser uma "vitrine" para o Brasil.

"Ele vai ser vitrine. Acha que eu ia botar uma pessoa que não tivesse competência para exercer uma nobre missão, como essa? O meu filho está indo para trabalhar nos EUA, ele tem um relacionamento com vários países", afirmou.

Um dia antes, durante uma transmissão ao vivo feita em uma rede social, Bolsonaro foi categórico: "Pretendo beneficiar filho meu, sim. Se eu puder dar um filé mignon 'pro' meu filho, eu dou, mas não tem nada a ver com o filé mignon essa história aí. É aprofundar o relacionamento com a maior potência do mundo."