Vaticano defende autoridade mundial de finanças
CIDADE DO VATICANO, 24 OUT (ANSA) - O Vaticano pediu hoje uma "reforma do sistema financeiro e monetário internacional" e "uma autoridade pública universal" que governe as finanças do mundo.
A Santa Sé denunciou ainda o risco de surgir uma geração de "tecnocratas" que ignorem o bem comum e defendeu que se volte ao "primado da política" sobre "a economia e as finanças".
Como solução, a autoridade mundial da Igreja Católica propôs a criação de um banco central mundial que tenha "uma imposição realista" e "seja implementado gradualmente" para alcançar um sistema monetário e financeiro eficiente e eficaz, mercados livres e estáveis e disciplinados por um "adequado quadro jurídico".
Na visão do Estado católico, essa nova autoridade global das finanças deve nascer de um "acordo livre e dividido" e com uma "fase preliminar de concertação" para que a instituição seja "legítima" e esteja acima das partes integrantes.
A defesa foi feita pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz no documento "Por uma reforma do sistema financeiro e monetário internacional na perspectiva de uma autoridade pública com competência universal".
O texto foi apresentado hoje em coletiva de imprensa pelo presidente e pelo secretário do conselho, cardeal Peter Turkson e o bispo Mario Toso.
Para as autoridades eclesiásticas, tem "lógica" a proposta de que essa nova autoridade mundial se desenvolva "tendo como ponto de referência a Organização das Nações Unidas [ONU]".
A Santa Sé citou que, após a crise do sistema de Bretton Woods, da padrão-ouro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) perdeu sua característica de estabilizar as finanças mundiais, e "não se dispõe mais de um bem público universal do que a estabilidade do sistema monetário mundial".
O documento do conselho vaticano pede ainda que se reflita sobre medidas como a taxação de transações financeiras, formas de recapitalização dos bancos, também com fundos públicos, e "condicionando o apoio a comportamentos virtuosos e financeiros para desenvolver a economia real".
As autoridades católicas ainda criticaram a redução da "qualidade do crédito" e a tendência de definir estratégias de política econômica e financeira "dentro de grupos pequenos de países desenvolvidos", o que, segundo eles, não respeita o "princípio representativo, e particular dos países menos desenvolvidos ou emergentes".
A Santa Sé denunciou ainda o risco de surgir uma geração de "tecnocratas" que ignorem o bem comum e defendeu que se volte ao "primado da política" sobre "a economia e as finanças".
Como solução, a autoridade mundial da Igreja Católica propôs a criação de um banco central mundial que tenha "uma imposição realista" e "seja implementado gradualmente" para alcançar um sistema monetário e financeiro eficiente e eficaz, mercados livres e estáveis e disciplinados por um "adequado quadro jurídico".
Na visão do Estado católico, essa nova autoridade global das finanças deve nascer de um "acordo livre e dividido" e com uma "fase preliminar de concertação" para que a instituição seja "legítima" e esteja acima das partes integrantes.
A defesa foi feita pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz no documento "Por uma reforma do sistema financeiro e monetário internacional na perspectiva de uma autoridade pública com competência universal".
O texto foi apresentado hoje em coletiva de imprensa pelo presidente e pelo secretário do conselho, cardeal Peter Turkson e o bispo Mario Toso.
Para as autoridades eclesiásticas, tem "lógica" a proposta de que essa nova autoridade mundial se desenvolva "tendo como ponto de referência a Organização das Nações Unidas [ONU]".
A Santa Sé citou que, após a crise do sistema de Bretton Woods, da padrão-ouro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) perdeu sua característica de estabilizar as finanças mundiais, e "não se dispõe mais de um bem público universal do que a estabilidade do sistema monetário mundial".
O documento do conselho vaticano pede ainda que se reflita sobre medidas como a taxação de transações financeiras, formas de recapitalização dos bancos, também com fundos públicos, e "condicionando o apoio a comportamentos virtuosos e financeiros para desenvolver a economia real".
As autoridades católicas ainda criticaram a redução da "qualidade do crédito" e a tendência de definir estratégias de política econômica e financeira "dentro de grupos pequenos de países desenvolvidos", o que, segundo eles, não respeita o "princípio representativo, e particular dos países menos desenvolvidos ou emergentes".
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