Lugo reconhecerá outro filho que teve na época em que era bispo
ASSUNÇÃO, 5 JUN (ANSA) - O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, reconhecerá a paternidade de um menino de dez anos, nascido na época em que era bispo católico, afirmou hoje seu assessor jurídico, o advogado Marcos Fariña.
No início de 2009, Lugo já reconheceu ser o pai do filho de Viviana Carrillo, nascido também durante seu período de religioso. O pedido apresentado pela enfermeira Narcisa de La Cruz Zárate é o quarto que o presidente recebe, embora dois processos ainda não tenham se definido.
O jornal Última Hora entrevistou a mulher que afirmou que Lugo é pai de seu filho e que ele ajuda o menino quase desde o seu nascimento. Zárate explicou que era casada e que há 11 anos se separou do marido, ficando responsável pela criação de seus quatros filhos, motivo pelo qual se aproximou do então bispo de San Pedro, Fernando Lugo, para pedir ajuda e conselhos.
De acordo com a enfermeira, o mandatário conheceu a criança pela primeira vez aos dez meses de idade, depois de uma missa. Ela ainda justificou o silêncio dizendo que "ele assumiu recente [como presidente] e me disse que nós íamos ficar bem" e que agora seu filho está mais velho e quer ter o sobrenome do pai.
A mulher contou que atualmente sua filha mais velha vai todo início de mês ao Palácio do Governo para receber uma quantia de dinheiro para os gastos da criança, que por ora leva o sobrenome de seu esposo, com quem se reconciliou depois da separação.
O advogado do presidente informou que ele dará o sobrenome ao menino. "Recebi insturções de iniciar os trâmites do reconhecimento", admitiu.
Benigna Leguizamón e Hortensia Morán são outras duas mulheres que reividicam o reconhecimnto de paternidade por parte de Lugo. No primeiro caso, o trâmite judicial ainda está em andamento e, no segundo, os exames de DNA já deram negativo, embora Morán alegue irregularidade no resultado.
O mandatário abandonou o bispado no fim de 2006 e se lançou na política, chegando à Presidência nas eleições de abril de 2008. Seu mandato se encerrará em 15 de agosto de 2013, sem possibilidade de reeleição.
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