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Costa Concordia será preparado para enfrentar inverno; remoção fica para 2014

Em Roma

18/09/2013 11h08

A etapa mais trabalhosa e espetacular da operação para retirar o navio Costa Concordia da Ilha de Giglio, onde se acidentou no dia 13 de janeiro de 2012, foi concluída, mas ainda há muito por fazer para deixá-lo em segurança.

Segundo o chefe da Defesa Civil da Itália, Franco Gabrielli, depois de terminada a rotação que colocou a embarcação de volta ao seu eixo, as medidas agora terão como objetivo prepará-la para enfrentar o outono e o inverno, aumentando sua resistência contra ondas altas e ventos fortes.

"Estamos estudando a realização de obras para reforçar o lado danificado para podermos instalar as caixas de flutuação que farão o navio boiar novamente", afirmou Gabrielli.

Para montá-las e apoiá-las no fundo do mar, será preciso suspender o Costa Concordia, que não deve ser removido antes do próximo mês de março.

Mas, além de estabilizar a embarcação, os trabalhos servirão para eliminar o risco para os operadores que iniciarão o quanto antes a busca pelos dois corpos ainda desaparecidos.

Um deles é o de Russel Rebello, que era membro da tripulação do cruzeiro, e o outro é de Maria Grazia Trecarichi, passageira siciliana que comemorava seu aniversário de 50 anos no navio.

Montagem de um minuto resume 19 horas de resgate do Costa

Hoje (18) um barco da Capitania dos Portos levou o irmão de Russel, Kevin Rebello, e o marido e a filha de Maria Grazia, Elio e Stefania Vincenzi, até as proximidades do Costa Concordia. Como homenagem aos parentes desaparecidos, eles jogaram flores brancas no mar.

Destino

O ministro italiano do Meio Ambiente, Andrea Orlando, declarou que é preciso evitar que a embarcação seja rebocada para um porto do terceiro mundo, onde poderia ser demolida em condições perigosas e sem respeito às normas ambientais.

De acordo com ele, no momento da retirada no navio será escolhido o lugar mais próximo com condições de recebê-lo.

"Piombino é o porto ideal pela proximidade, mas é uma discussão prematura. É necessário que os portos que se candidatem a hospedá-lo se equipem. Desmontar um navio desse é um grande trabalho de engenharia", salientou.