Gaza parece cenário da 2ª Guerra Mundial, diz Caritas
ROMA, 29 JUL (ANSA) - O confronto entre Hamas e Israel está deixando o cenário em Gaza parecido com os estragos causados pela Segunda Guerra Mundial, diz o diretor da organização Caristas de Israel e Palestina, o padre Raed Abusahila.
"É como a Segunda Guerra Mundial, a destruição é total. Atacam todos: civis, mulheres, crianças e hospitais. Isso está além da imaginação", disse Abusahila em entrevista por telefone.
Segundo o religioso, cristãos também estão correndo perigo no local. Ele afirma que casas e escolas da pequena comunidade de 1,3 mil pessoas não estão a salvo. A Caritas está tentando ajudar essas 310 famílias cristãs no local.
Entre aqueles que precisam de ajuda, está a família Ayyads, cuja casa foi destruída em um bombardeio no domingo (27) "sem nenhum aviso e sem um porque". A matriarca da família, de 60 anos, morreu e um dos seus filhos está em estado gravíssimo, com queimaduras em 70% do corpo e lesões na cabeça.
"Ele está correndo risco de vida, mas até agora não conseguimos autorização para ele ser transferido para Jerusalém", disse o padre Abusahila. Ele ainda explicou que os cristãos "estão todos concentrados na cidade de Gaza" e que "nenhum está em algum campo de refugiados em outros locais". No meio do conflito, a situação é dramática, de acordo com o padre. Não há eletricidade, nem água, bombardeamentos de dia e de noite e mísseis que caem de ambos os lados do confronto. E "é realmente terrível porque não dá para fugir nem se quiséssemos", falou o religioso.
A Caritas está tentando mandar ajuda a quantas famílias forem possíveis, sejam muçulmanas ou cristãs, e está com um projeto de conseguir fundos para sustentar 3 mil famílias que perderam tudo para "sobreviver por um ou dois meses". A organização religiosa também possui médicos, voluntários e uma unidade de saúde móvel na Faixa de Gaza. "Eles devem parar com essa guerra e salvar a vida de tantos inocentes. Digo, e não tenho medo de falar, que as pessoas mortas de ambos os lados são seres humanos e não números. Eles têm nomes, pais e parentes. Imagine que em Gaza 56 famílias foram completamente extintas, mortas por ataques. Isso significa que elas não existem mais. Isso é terrível. Devem parar!", pediu o padre.
Até o momento, mais de 1,1 mil palestinos e 56 israelenses morreram nos bombardeios e nos confrontos por terra. As lideranças dos dois lados não conseguem acertar um cessar-fogo e pedem para que as pessoas se preparem para um longo período de confrontos.
A explosão de violência entre a Faixa de Gaza e Israel começou após assassinatos de adolescentes - três israelenses foram mortos por palestinos e um adolescente de Gaza foi queimado vivo por judeus. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"É como a Segunda Guerra Mundial, a destruição é total. Atacam todos: civis, mulheres, crianças e hospitais. Isso está além da imaginação", disse Abusahila em entrevista por telefone.
Segundo o religioso, cristãos também estão correndo perigo no local. Ele afirma que casas e escolas da pequena comunidade de 1,3 mil pessoas não estão a salvo. A Caritas está tentando ajudar essas 310 famílias cristãs no local.
Entre aqueles que precisam de ajuda, está a família Ayyads, cuja casa foi destruída em um bombardeio no domingo (27) "sem nenhum aviso e sem um porque". A matriarca da família, de 60 anos, morreu e um dos seus filhos está em estado gravíssimo, com queimaduras em 70% do corpo e lesões na cabeça.
"Ele está correndo risco de vida, mas até agora não conseguimos autorização para ele ser transferido para Jerusalém", disse o padre Abusahila. Ele ainda explicou que os cristãos "estão todos concentrados na cidade de Gaza" e que "nenhum está em algum campo de refugiados em outros locais". No meio do conflito, a situação é dramática, de acordo com o padre. Não há eletricidade, nem água, bombardeamentos de dia e de noite e mísseis que caem de ambos os lados do confronto. E "é realmente terrível porque não dá para fugir nem se quiséssemos", falou o religioso.
A Caritas está tentando mandar ajuda a quantas famílias forem possíveis, sejam muçulmanas ou cristãs, e está com um projeto de conseguir fundos para sustentar 3 mil famílias que perderam tudo para "sobreviver por um ou dois meses". A organização religiosa também possui médicos, voluntários e uma unidade de saúde móvel na Faixa de Gaza. "Eles devem parar com essa guerra e salvar a vida de tantos inocentes. Digo, e não tenho medo de falar, que as pessoas mortas de ambos os lados são seres humanos e não números. Eles têm nomes, pais e parentes. Imagine que em Gaza 56 famílias foram completamente extintas, mortas por ataques. Isso significa que elas não existem mais. Isso é terrível. Devem parar!", pediu o padre.
Até o momento, mais de 1,1 mil palestinos e 56 israelenses morreram nos bombardeios e nos confrontos por terra. As lideranças dos dois lados não conseguem acertar um cessar-fogo e pedem para que as pessoas se preparem para um longo período de confrontos.
A explosão de violência entre a Faixa de Gaza e Israel começou após assassinatos de adolescentes - três israelenses foram mortos por palestinos e um adolescente de Gaza foi queimado vivo por judeus. (ANSA)
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