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Sollecito faz aniversário e diz estar esperançoso

26/03/2015 20h32

PERÚGIA, 26 MAR (ANSA) - Raffaele Sollecito, acusado de matar a estudante britânica Meredith Kercher em 2007, completou 31 anos nesta quinta-feira (26), um dia antes da Corte de Cassação de Roma dar seu veredicto final sobre o caso.   

Em uma mensagem no Facebook, o engenheiro italiano disse que este é um "aniversário cheio de esperanças por um futuro melhor" para ele e "todos os inocentes que gritam por justiça e por todas as pessoas obrigadas a viver na expectativa de libertar-se de um pesadelo".   

Sollecito também agradeceu por todas as mensagens de apoio que tem recebido na rede social, mas não mencionou o nome de sua ex-namorada Amanda Knox, norte-americana que também é acusada pelo homicídio.   

No momento, o réu está com seus pais e a atual companheira, Greta, em Roma, onde nesta sexta-feira (27) assiste à sessão da Corte de Cassação que definirá seu futuro. O promotor Mario Pinelli pediu aos magistrados da principal instância judiciária da Itália a condenação de Knox e Sollecito a 28 anos e três meses e 24 anos e nove meses de cadeia, respectivamente, seguindo o que fora determinado pelo Tribunal de Apelação de Florença em janeiro de 2014.   

O crime - O assassinato de Meredith Kercher ocorreu na cidade italiana de Perúgia em novembro de 2007, quando ela dividia um apartamento com Amanda Knox. O corpo da britânica foi encontrado na residência em que elas moravam degolado, seminu e com uma série de feridas.   

O caso logo chamou atenção pelas circunstâncias que o envolviam.   

Ao lado do marfinense Rudy Guede, que vivia com as duas e foi condenado a 16 anos de prisão, Knox e Sollecito - na época namorados - foram acusados de matar Kercher em meio a discussões sobre a limpeza da casa e jogos sexuais que fugiram do controle.   

A beleza da norte-americana também foi outro chamariz para o crime. Na Itália, ela ficou conhecida como "a diaba com rosto de anjo". O ex-casal chegou a ser sentenciado após o DNA dela ter sido encontrado em uma faca com o sangue da vítima e ficou preso na Itália até 2011, quando a Corte de Cassação anulou o processo por conta de uma série de falhas na perícia.   

No mesmo dia em que foi libertada, Knox voltou para a residência de sua família em Seattle, nos Estados Unidos, onde está até hoje. No final de 2013, o mesmo tribunal determinou a reabertura do caso, já que a inocência dos dois não tinha sido comprovada, culminando com a sentença da Corte de Apelação de Florença em janeiro do ano seguinte.   

Caso as condenações forem confirmadas, Sollecito deverá ser preso, enquanto sua ex-namorada já declarou que não tem a menor intenção de voltar para a Itália novamente, a menos que seja forçada. Por isso, é provável que Roma inicie um processo de extradição da norte-americana. (ANSA)
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