Varoufakis acusa credores da Grécia de 'terrorismo'
ROMA, 04 JUL (ANSA) - Na véspera do referendo que pode definir o futuro da Grécia na zona do euro, o ministro das Finanças do país, Yanis Varoufakis, disse que o que os credores estão fazendo com Atenas tem apenas um nome: terrorismo.
A declaração foi dada em entrevista ao jornal espanhol "El Mundo", durante a qual ele também afirmou que, em caso de vitória do "não" na consulta popular deste domingo (5), o premier Alexis Tsipras irá a Bruxelas no dia seguinte para assinar um acordo melhor do que o que foi proposto.
"Na minha primeira reunião do Eurogrupo [fórum dos ministros de Finanças da eurozona], o presidente Jeroen Dijsselbloem tinha me dito claramente que só tínhamos duas opções: ou assinar o acordo que o governo precedente tinha aceitado ou enfrentar o fim do programa de ajudas. Eu lhe perguntei se ele estava me ameaçando com a 'Grexit' já na nossa primeira reunião", contou Varoufakis.
Até o início desta semana, Atenas negociava com seus credores a liberação de um pacote de auxílio financeiro de mais de 7 bilhões de euros. Entre outras coisas, esse dinheiro seria usado para pagar uma parcela de 1,6 bilhão de euros de um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) - uma das partes envolvidas nas tratativas - que venceu na última terça-feira (30), colocando a nação em situação de default.
No entanto, as conversas foram interrompidas após Tsipras convocar o referendo deste domingo, que decidirá se o governo deve aceitar ou não as exigências da Europa e do FMI para ter acesso ao resgate.
Para liberar os recursos, os credores cobram um amplo plano de reformas, incluindo aumento de impostos e revisão de aposentadorias. Já o primeiro-ministro pede uma reestruturação da dívida do país, considerada "impagável" por ele.
"Essa Europa não ama a democracia. Se tivessem nos concedido uma pequena extensão do programa de ajudas, faríamos o referendo com os bancos abertos, mas nos obrigaram a fechá-los. E por que fizeram isso? Para provocar medo nas pessoas. Esse fenômeno se chama terrorismo, mas eu acredito que o medo não vai vencer", disse Varoufakis. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A declaração foi dada em entrevista ao jornal espanhol "El Mundo", durante a qual ele também afirmou que, em caso de vitória do "não" na consulta popular deste domingo (5), o premier Alexis Tsipras irá a Bruxelas no dia seguinte para assinar um acordo melhor do que o que foi proposto.
"Na minha primeira reunião do Eurogrupo [fórum dos ministros de Finanças da eurozona], o presidente Jeroen Dijsselbloem tinha me dito claramente que só tínhamos duas opções: ou assinar o acordo que o governo precedente tinha aceitado ou enfrentar o fim do programa de ajudas. Eu lhe perguntei se ele estava me ameaçando com a 'Grexit' já na nossa primeira reunião", contou Varoufakis.
Até o início desta semana, Atenas negociava com seus credores a liberação de um pacote de auxílio financeiro de mais de 7 bilhões de euros. Entre outras coisas, esse dinheiro seria usado para pagar uma parcela de 1,6 bilhão de euros de um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) - uma das partes envolvidas nas tratativas - que venceu na última terça-feira (30), colocando a nação em situação de default.
No entanto, as conversas foram interrompidas após Tsipras convocar o referendo deste domingo, que decidirá se o governo deve aceitar ou não as exigências da Europa e do FMI para ter acesso ao resgate.
Para liberar os recursos, os credores cobram um amplo plano de reformas, incluindo aumento de impostos e revisão de aposentadorias. Já o primeiro-ministro pede uma reestruturação da dívida do país, considerada "impagável" por ele.
"Essa Europa não ama a democracia. Se tivessem nos concedido uma pequena extensão do programa de ajudas, faríamos o referendo com os bancos abertos, mas nos obrigaram a fechá-los. E por que fizeram isso? Para provocar medo nas pessoas. Esse fenômeno se chama terrorismo, mas eu acredito que o medo não vai vencer", disse Varoufakis. (ANSA)
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