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Parlamento venezuelano declara crise humanitária de saúde

21.jan.2016 - Clientes veem prateleiras de remédios quase vazias em farmácia de Caracas, na Venezuela - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
21.jan.2016 - Clientes veem prateleiras de remédios quase vazias em farmácia de Caracas, na Venezuela Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Em Caracas

27/01/2016 13h44

A Assembleia Nacional (AN) da Venezuela, que tem maioria opositora, declarou "crise humanitária" no setor da Saúde, especialmente por conta da acentuada escassez de medicamentos e o surgimento de surtos de malária, zika e tuberculose.   

"Faltam cerca de 65% dos remédios essenciais", disse o deputado opositor José Manuel Olivares, médico oncologista.   

"Deixemos de lado as diferenças políticas, lutemos para que nunca mais um venezuelano morra por falta de remédio no país", acrescentou. O Parlamento acordou em "exigir do governo nacional que garanta, de maneira imediata, o acesso à lista de remédios essenciais que são básicos, indispensáveis e imprescindíveis e devem ser acessíveis o tempo todo".   

Enquanto o governo de Caracas destina cerca de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) ao setor de Saúde, em países como a Bolívia a porcentagem é 6%. Para base de comparação, no Brasil a cifra é de cerca de 10%.