Em patrulha por Porto Príncipe, Minustah recebe críticas e elogios
A presença de militares nas ruas de Cité Soleil, bairro pobre da capital haitiana, Porto Príncipe, já não impressiona mais ninguém. Em junho, a força de paz da ONU que eles integram - conhecida como Minustah - completará oito anos no país caribenho.
Mas a aparente indiferença esconde um acirrado debate na sociedade haitiana sobre a missão liderada pelo Brasil. Enquanto alguns defendem a permanência das tropas estrangeiras, outros querem que elas deixem o país o quanto antes.
O senador haitiano Youri Latortue engrossa o coro dos descontentes com a missão. A Minustah ajudou a estabilizar o país, mas agora deve ir embora, ele diz. "Fortalecendo a polícia e criando o nosso próprio Exército, temos condições de assumir integralmente nossa segurança."
Para o comando da missão, a presença das tropas estrangeiras provocou uma queda drástica nos índices de violência, permitindo que agora a Minustah invista mais em obras.
A maior importância atribuída à engenharia é visível no bairro de Croix-des-Bouquets, onde os militares estão asfaltando as vias que darão acesso a um hospital em construção.
Com mais investimentos em obras, a missão espera responder às críticas e mostrar que, aos oito anos de idade, ainda pode ser útil ao Haiti.
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