Candidato da Irmandade Muçulmana é declarado vencedor no Egito
O candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, foi declarado neste domingo o vencedor da eleição presidencial no Egito, após semanas de tensão no país.
Tanto Mursi quanto seu rival, o ex-premiê Ahmed Shafiq, reivindicavam vitória no pleito que foi realizado na semana passada.
Segundo a autoridade eleitoral - que atrasou em quase duas horas a divulgação dos resultados - Mursi recebeu 51,73% dos votos.
O anúncio deu início a uma grande festa da multidão que se reúne na Praça Tahrir, no centro do Cairo. Há dias, milhares de pessoas mantêm uma vigília contra o anúncio feito pelo poderoso Conselho Supremo das Forças Armadas de que pretende restringir alguns dos poderes do presidente.
No dia 13 de junho, o atual governo, que ainda é controlado pelo Exército, deu aos soldados o poder de prender civis em tribunais militares até a ratificação da nova constituição egípcia.
Quatro dias depois, os generais anunciaram poder de veto no processo de elaboração da nova constituição. Na segunda-feira, o diretor do Conselho Supremo das Forças Armadas, Hussein Tantawi, anunciou que vai restabelecer o Conselho Nacional de Segurança do país.
Tensão
Nos últimos dias, havia um clima no país de indefinição, sem nenhum sinal sobre o que seria decidido nas urnas.
O Parlamento egípcio, que foi escolhido em eleições livres em novembro , foi dissolvido. A Irmandade Muçulmana, que possuía a maioria, protestou contra a decisão.
Para piorar o clima de tensão política no país, a comissão eleitoral atrasou a divulgação dos resultados. Inicialmente, o vencedor seria declarado na quinta-feira, mas a comissão - que é formada por cinco juízes - disse precisar de mais tempo para investigar todos os recursos feitos pelos candidatos.
O atraso alimentou boatos de que o Conselho Supremo das Forças Armadas e a Irmandade Muçulmana estariam negociando nos bastidores o futuro do país.
Para alguns analistas, os militares, que apoiavam Ahmed Shafiq, teriam percebido que a vitória de Mursi era irreversível, e estariam buscando um acordo para conquistar imunidade contra possíveis processos.
Os islamistas da Irmandade Muçulmana - que foram o maior partido de oposição durante toda a era Hosni Mubarak - querem retomar os poderes presidenciais. Mas os egípcios não sabem até que ponto os militares estão dispostos a deixar o poder.
Para o professor de direito constitucional Gaber Nassar, existe animosidade demais entre os dois lados para que eles consigam firmar um pacto.
Tanto Mursi quanto seu rival, o ex-premiê Ahmed Shafiq, reivindicavam vitória no pleito que foi realizado na semana passada.
Segundo a autoridade eleitoral - que atrasou em quase duas horas a divulgação dos resultados - Mursi recebeu 51,73% dos votos.
O anúncio deu início a uma grande festa da multidão que se reúne na Praça Tahrir, no centro do Cairo. Há dias, milhares de pessoas mantêm uma vigília contra o anúncio feito pelo poderoso Conselho Supremo das Forças Armadas de que pretende restringir alguns dos poderes do presidente.
No dia 13 de junho, o atual governo, que ainda é controlado pelo Exército, deu aos soldados o poder de prender civis em tribunais militares até a ratificação da nova constituição egípcia.
Quatro dias depois, os generais anunciaram poder de veto no processo de elaboração da nova constituição. Na segunda-feira, o diretor do Conselho Supremo das Forças Armadas, Hussein Tantawi, anunciou que vai restabelecer o Conselho Nacional de Segurança do país.
Tensão
Nos últimos dias, havia um clima no país de indefinição, sem nenhum sinal sobre o que seria decidido nas urnas.
O Parlamento egípcio, que foi escolhido em eleições livres em novembro , foi dissolvido. A Irmandade Muçulmana, que possuía a maioria, protestou contra a decisão.
Para piorar o clima de tensão política no país, a comissão eleitoral atrasou a divulgação dos resultados. Inicialmente, o vencedor seria declarado na quinta-feira, mas a comissão - que é formada por cinco juízes - disse precisar de mais tempo para investigar todos os recursos feitos pelos candidatos.
O atraso alimentou boatos de que o Conselho Supremo das Forças Armadas e a Irmandade Muçulmana estariam negociando nos bastidores o futuro do país.
Para alguns analistas, os militares, que apoiavam Ahmed Shafiq, teriam percebido que a vitória de Mursi era irreversível, e estariam buscando um acordo para conquistar imunidade contra possíveis processos.
Os islamistas da Irmandade Muçulmana - que foram o maior partido de oposição durante toda a era Hosni Mubarak - querem retomar os poderes presidenciais. Mas os egípcios não sabem até que ponto os militares estão dispostos a deixar o poder.
Para o professor de direito constitucional Gaber Nassar, existe animosidade demais entre os dois lados para que eles consigam firmar um pacto.
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