Egito aguarda declaração do Exército; soldados tomam ruas
Soldados foram mobilizados nesta quarta-feira em vários pontos da capital do Egito, Cairo, em meio à expectativa de que as Forças Armadas divulguem uma declaração sobre o futuro do país.
Na Praça Tahrir, no centro da cidade, milhares de egípcios que pedem a renúncia do presidente Muhammed Morsi continuam reunidos após ter expirado um prazo de 48 horas dado pelos militares para a resolução da crise política.
Um porta-voz da organização Irmandade Muçulmana, à qual pertence Morsi, disse que um "golpe militar" está em andamento no país.
Os oponentes de Morsi dizem que a Irmandade Muçulmana está tentando implantar no país um regime com características islâmicas e exigem sua saída do poder.
Por outro lado, simpatizantes de Morsi também realizam manifestações na capital egípcia em apoio ao líder. Veículos militares foram vistos perto da principal manifestação pró-Morsi.
Nesta quarta-feira, o presidente reafirmou que não pretendia renunciar e repetiu uma oferta de criação de um governo de consenso.
Plano pós-Morsi
Funcionários do setor de aeroportos disseram Morsi e outros membros da Irmandade Muçulmanos estão agora proibidos de viajar por via aérea.
Durante todo o dia, representantes do Exército antes haviam tido reuniões com líderes políticos e religiosos para discutir a crise.
Membros do movimento Tamarod ("Rebelde"), que vêm mobilizando milhões nas ruas do Cairo para pedir a renúncia de Morsi, teriam participado das discussões. Por outro lado, o Partido Liberdade e Justiça - o braço político da Irmandade Muçulmana - teria ficado de fora.
O comandante do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi, teria se reunido com seus oficiais de alta patente nesta quarta-feira. Segundo a agência de notícias AFP, eles teriam discutido ideias para o cenário posterior à saída de Morsi.
O plano dos militares incluiria uma proposta de novas eleições presidenciais, a suspensão da nova constituição em vigor e a dissolução do Parlamento.
Fontes militares disseram à BBC que, de acordo com o plano, o presidente poderia ser substituído provisoriamente por um conselho de civis de vários partidos e tecnocratas até a realização de um novo pleito.
Morsi está sob intensa pressão para deixar o cargo após a renúncia de seis de seus ministros na última segunda-feira, incluindo o chanceler Kamel Amr.
Presidente eleito
Morsi tornou-se o primeiro presidente egípcio com uma plataforma islâmica a ser eleito democraticamente no dia 30 de junho de 2012, após vencer eleições presidenciais que se seguiram à queda do ex-presidente Hosni Mubarak.
Mas desde que Morsi assumiu o posto, o descontentamento aumentou gradativamente no Egito. Parte da população dizia-se pouco satisfeita com as mudanças ocorridas durante o período pós-revolucionário no Egito e acusou a Irmandade Muçulmana -- o partido de Morsi -- de tentar proteger seus próprios interesses.
"Esse presidente está ameaçando seu próprio povo. Nós não o consideramos presidente do Egito", afirmou Mohammed Abdelaziz, líder do Tamarod.
No entanto, Morsi e a Irmandade Muçulmana ainda tinham amplo apoio popular, e ambos os lados levaram às ruas um grande número de manifestantes nos últimos dias.
Uma multidão voltou a se reunir nesta quarta-feira na Praça Tahrir pelo quarto dia seguido.
Houve focos de violência em várias partes da capital: no mais violento deles, 16 pessoas foram mortas e cerca de 200 ficaram feridas na Universidade do Cairo, em Giza.
Desde o domingo, o saldo de mortos já chega a 39 pessoas.
Na Praça Tahrir, no centro da cidade, milhares de egípcios que pedem a renúncia do presidente Muhammed Morsi continuam reunidos após ter expirado um prazo de 48 horas dado pelos militares para a resolução da crise política.
Um porta-voz da organização Irmandade Muçulmana, à qual pertence Morsi, disse que um "golpe militar" está em andamento no país.
Os oponentes de Morsi dizem que a Irmandade Muçulmana está tentando implantar no país um regime com características islâmicas e exigem sua saída do poder.
Por outro lado, simpatizantes de Morsi também realizam manifestações na capital egípcia em apoio ao líder. Veículos militares foram vistos perto da principal manifestação pró-Morsi.
Nesta quarta-feira, o presidente reafirmou que não pretendia renunciar e repetiu uma oferta de criação de um governo de consenso.
Plano pós-Morsi
Funcionários do setor de aeroportos disseram Morsi e outros membros da Irmandade Muçulmanos estão agora proibidos de viajar por via aérea.
Durante todo o dia, representantes do Exército antes haviam tido reuniões com líderes políticos e religiosos para discutir a crise.
Membros do movimento Tamarod ("Rebelde"), que vêm mobilizando milhões nas ruas do Cairo para pedir a renúncia de Morsi, teriam participado das discussões. Por outro lado, o Partido Liberdade e Justiça - o braço político da Irmandade Muçulmana - teria ficado de fora.
O comandante do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi, teria se reunido com seus oficiais de alta patente nesta quarta-feira. Segundo a agência de notícias AFP, eles teriam discutido ideias para o cenário posterior à saída de Morsi.
O plano dos militares incluiria uma proposta de novas eleições presidenciais, a suspensão da nova constituição em vigor e a dissolução do Parlamento.
Fontes militares disseram à BBC que, de acordo com o plano, o presidente poderia ser substituído provisoriamente por um conselho de civis de vários partidos e tecnocratas até a realização de um novo pleito.
Morsi está sob intensa pressão para deixar o cargo após a renúncia de seis de seus ministros na última segunda-feira, incluindo o chanceler Kamel Amr.
Presidente eleito
Morsi tornou-se o primeiro presidente egípcio com uma plataforma islâmica a ser eleito democraticamente no dia 30 de junho de 2012, após vencer eleições presidenciais que se seguiram à queda do ex-presidente Hosni Mubarak.
Mas desde que Morsi assumiu o posto, o descontentamento aumentou gradativamente no Egito. Parte da população dizia-se pouco satisfeita com as mudanças ocorridas durante o período pós-revolucionário no Egito e acusou a Irmandade Muçulmana -- o partido de Morsi -- de tentar proteger seus próprios interesses.
"Esse presidente está ameaçando seu próprio povo. Nós não o consideramos presidente do Egito", afirmou Mohammed Abdelaziz, líder do Tamarod.
No entanto, Morsi e a Irmandade Muçulmana ainda tinham amplo apoio popular, e ambos os lados levaram às ruas um grande número de manifestantes nos últimos dias.
Uma multidão voltou a se reunir nesta quarta-feira na Praça Tahrir pelo quarto dia seguido.
Houve focos de violência em várias partes da capital: no mais violento deles, 16 pessoas foram mortas e cerca de 200 ficaram feridas na Universidade do Cairo, em Giza.
Desde o domingo, o saldo de mortos já chega a 39 pessoas.
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