Ladrões furtam sapatos de judeus vítimas do Holocausto na Polônia
Oito sapatos que pertenceram a judeus vítimas do Holocausto foram furtados de um ex-campo de concentração transformado em museu na Polônia.
O crime aconteceu no museu de Majdanek, perto de Lublin, entre 18 e 20 de novembro, segundo a polícia.
Outros itens já haviam sido levados do museu no passado, como cinzas de vítimas e o chapéu que foi usado por um prisioneiro.
Mais de 78 mil pessoas foram enviadas para as câmaras de gás de Majdanek, construído pelos nazistas em 1941 e abandonado em 1944.
O furto foi descoberto por um empregado do museu, que descobriu que uma tela que protege 56 mil sapatos havia sido cortada.
Prejuízo histórico
Um porta-voz da instituição disse que a exibição da qual os objetos foram roubados tem o objetivo de mostrar aos visitantes a escala dos crimes cometidos pelos nazistas.
Ele afirmou que o furto foi "uma grande perda para o museu", uma vez que os itens têm "um grande valor histórico".
Em 2013, o chapéu usado por um prisioneiro judeu foi roubado de Majdanek, mas o item acabou sendo recuperado pela polícia federal americana, o FBI, quando o ladrão tentou vendê-lo na internet.
Cinzas de vítimas do crematório do campo de concentração também foram roubadas em 1989, mas nunca foram encontradas.
Em outubro, um portão de ferro que continha o slogan nazista "Arbeit Macht Frei" ("o trabalho liberta") foi roubado do ex-campo de concentração de Dachau, na Alemanha.
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