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Com mais de cem mortos em casa de shows, França vive ataque mais letal de sua história recente

13/11/2015 22h55

Os atentados desta sexta-feira (13) em diversos pontos de Paris foram os mais letais cometidos na França em sua história recente.

Segundo autoridades francesas, cerca de cem pessoas morreram na casa de shows Bataclan, que foi tomada por atiradores e seus frequentadores foram feitos reféns.

Três dos atiradores estariam entre os mortos.

Outras cerca de 40 pessoas foram mortas em outros ataques a tiros ou explosões realizadas em outras partes de Paris, também segundo autoridades.

Antes disso, em janeiro, 17 pessoas morreram ao longo de três dias em Paris, em uma série de ataque que começou com o atentado contra a revista satírica "Charlie Hebdo".

Na ocasião, os irmãos Saïd e Chérif Kouachi mataram 12 pessoas no ataque contra o semanário. Pouco depois, uma policial municipal foi morta e, um dia depois, quatro pessoas também foram assassinadas, dessa vez em um supermercado judaico no leste da capital.

Os três suspeitos dos ataques em Paris foram abatidos em cercos policiais na sexta-feira.

Outros ataques

O mais grave ataque anterior havia ocorrido em 1961, quando 28 pessoas morreram na explosão de uma bomba em um trem ligando Estrasburgo, no leste do país, a Paris.

Esse ataque teria sido planejado pela chamada OAS (Organização do Exército Secreto, na sigla em francês), que defendia a presença francesa na Argélia.

Em 1995, uma onda de atentados na França atribuídos oficialmente a extremistas argelinos do GIA (Grupo Islâmico Armado), entre eles o ocorrido na estação de metrô Saint-Michel, matou oito pessoas e deixou quase 200 feridas.

Outros ataques com explosivos em 1996, na estação de Port Royal, mataram quatro pessoas e deixaram cerca de uma centena de feridos. Estima-se que esse atentado, muito semelhante aos de 1995, também tenha sido cometido pelo GIA, mas nesse caso não houve provas oficiais.