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Universitários protestam no México contra desaparecimento de 43 jovens

Malala Yousakzai, 14, passou por cirurgia para retirada de bala na cabeça. A jovem ativista foi baleada pelo Talibã após fazer críticas ao grupo no Paquistão - AP - 10.out.2012
Malala Yousakzai, 14, passou por cirurgia para retirada de bala na cabeça. A jovem ativista foi baleada pelo Talibã após fazer críticas ao grupo no Paquistão Imagem: AP - 10.out.2012

De Islamabad (Paquistão)

15/10/2012 03h14

México, 15 out (EFE). - Milhares de estudantes universitários mexicanos se somaram nesta quarta-feira aos protestos para que os 43 jovens desaparecidos na cidade de Iguala, no sul do México, em 26 de setembro apareçam com vida.

Pelo segundo dia consecutivo, estudantes de várias faculdades e centros da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) promoveram uma paralisação das aulas para protestar pelo desaparecimento dos 43 estudantes da Escola Normal Raul Isidro Burgos Ayotzinapa, uma escola de formação de professores no estado de Guerrero.

Os alunos desapareceram em 26 de setembro em Iguala, no estado de Guerrero, após uma noite de violência na qual policiais que supostamente estavam a serviço do cartel dos Guerreros Unidos mataram seis pessoas.

Nesta tarde, os alunos marcharão até o edifício da Procuradoria Geral da República (PGR) para exigir avanço nas investigações deste caso. Embora o órgão tenha assumido as investigações há duas semanas ao constatar que havia indícios da participação de crime organizado e já haver mais de 50 detidos, ainda não há sinal do paradeiro dos jovens.

A PGR informou na terça-feira que os 28 corpos carbonizados achados em cinco fossas próximas a Iguala não pertencem a nenhum dos alunos, apesar de continuarem os trabalhos de escavação.

Além de diversas faculdades da Unam, outros centros educativos se somaram a paralisação de dois dias, como três campi da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM): Azcapotzalco, Iztapalapa e Xochimilco, que ficarão fechadas até a noite de amanhã. As escolas preparatórias da Unam também reforçam o movimento.

Em outros centros como a Universidade Ibero-Americana, embora tenha havido interrupção das aulas, também foram realizados atos de protesto e coletas para juntar fundos e enviá-los às famílias dos desaparecidos, que estão na escola à espera de notícias.