Humala designa novo primeiro-ministro após saída de Ana Jara
O presidente do Peru, Ollanta Humala, tomou o juramento nesta quinta-feira (2) de Pedro Cateriano como novo primeiro-ministro e fez mudanças em três pastas após a censura do Congresso à até então primeira-ministra Ana Jara por um escândalo de espionagem dos serviços de inteligência.
Cateriano será o sétimo primeiro-ministro durante o mandato de Humala, que o incorporou a seu gabinete em julho de 2012 para encarregar-se da pasta da Defesa que ocupava até hoje.
Após a censura de Jara e a renúncia dos ministros em plenário, tal como ordena a lei quando sai um chefe de gabinete, Humala decidiu mudar os titulares das Relações Exteriores, Defesa e Justiça e Direitos Humanos.
O Ministério das Relações Exteriores foi assumido por Ana María Liliana Sánchez Vargas de Ríos, que na quarta-feira tinha sido designada como nova embaixadora do Peru na França, segundo uma resolução suprema publicada no diário oficial "El Peruano".
Já a vaga de Cateriano no Ministério da Defesa foi ocupada por Jake Valakvi, até agora vice-ministro para os Recursos da Defesa Nacional.
O até hoje vice-ministro de Justiça, Gustavo Adrianzén, jurou como novo titular dessa pasta, onde substitui Fredy Otárola, que estava há apenas um mês e meio no cargo.
Por outro lado, Humala ratificou em seus cargos os demais ministros, que também fizeram o juramento no salão dourado do palácio de governo em cerimônia na qual estava presente a antiga presidente do Conselho de Ministros, Ana Jara.
O parlamento aprovou na segunda-feira passada a censura de Jara ao atribuir-lhe a responsabilidade política pelo aprovisionamento de informação pública feita pela Direção Nacional de Inteligência (DINI) a centenas de figuras públicas, políticos, empresários e jornalistas, entre outros.
A censura foi promovida pelos partidos dos ex-presidentes Alberto Fujimori e Alan García, e pelo Partido Popular Cristão (PPC), por considerar insuficientes as explicações de Jara no parlamento sobre este caso.
Humala qualificou na terça-feira de "injusta" a censura do Congresso a Jara e acrescentou que os que aprovaram essa moção "não têm autoridade moral" para acusá-la de irregularidades.
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