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Santos diz estar indignado com tratamento dado a colombianos na Venezuela

26/08/2015 23h27

Cúcuta (Colômbia), 26 ago (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quarta-feira sentir a mesma indignação de seus compatriotas deportados pela Venezuela nos últimos dias e assegurou que, como é seu dever, os protegerá de "todo tipo de abusos".

"Entendemos sua dor, a vi, a apalpei, me contaram. Sua indignação, totalmente explicável, é a mesma que a minha. Seu sentimento de impotência e humilhação dói em todos os colombianos", declarou Santos na cidade fronteiriça de Cúcuta após visitar os deportados.

Na meia-noite da quarta-feira passada, a Venezuela fechou a passagem fronteiriça entre San Antonio del Táchira e Cúcuta após o ataque de supostos contrabandistas contra militares que terminou com três soldados e um civil feridos.

Dois dias depois, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou estado de exceção em cinco cidades limítrofes, o que deu início a uma deportação em massa de colombianos e suscitou uma crise humanitária em Cúcuta.

Santos ressaltou que os colombianos deportados terão "total respaldo e acompanhamento" de seu governo e lembrou que tem "a obrigação de protegê-los de todo tipo de abusos".

O presidente colombiano acrescentou que estava manifestando seu "protesto e exigindo às autoridades venezuelanas respeito pela dignidade dos colombianos", pelas famílias "que não são nenhuns paramilitares", uma acusação feita pelas autoridades do país vizinho.

Santos alegou que essas pessoas são famílias pobres, humildes "que a única coisa que querem é que os deixem viver, que os deixem trabalhar".

Além disso, anunciou medidas em matéria de educação, saúde, habitação e emprego para os colombianos que foram deportados do país vizinho e os entre cinco mil e seis mil que retornaram por sua própria vontade.

Por fim, Santos disse ter solicitado à Venezuela a passagem de 15 caminhões para poder ir às casas dos deportados e recuperar seus pertences.