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Colombianos protestam contra fechamento de fronteira com Venezuela

06/09/2015 13h31

Cúcuta (Colômbia), 6 set (EFE).- Centenas de pessoas participaram neste domingo de uma manifestação pela dignidade e pelo respeito aos cidadãos da Colômbia, em resposta à decisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de fechar a principal passagem da fronteira entre os países e pela deportação em massa de colombianos.

Vestidos com camisetas brancas ou com as amarelas da seleção colombiana de futebol, os manifestantes, que levavam bandeiras da Colômbia, balões e cartazes, partiram do Templo Histórico de Villa do Rosario, ao lado de Cúcuta, capital do departamento do Norte de Santander, ambas contíguas com as venezuelanas de San Antonio e Ureña, no estado de Táchira.

Ao ritmo de tambores, a multidão, liderada pelo governador do Norte de Santander, Édgar Díaz, iniciou a caminhada atrás de um cartaz que dizia "Pela dignidade e o respeito aos colombianos".

Entre os manifestantes há também venezuelanos, como uma idosa que usava uma camiseta com a frase: "Sou Venezuela, sou Colômbia" e que se protegia do sol com um boné com a bandeira do país vizinho.

"Nós, exilados de Cuba e da Venezuela, condenamos o comunista condenado 'Nicolás Podre', que se diverte dançando cumbia enquanto os pobres que atropelou e deportou sofrem e choram", acusava um cartaz carregado por um homem de uns 70 anos.

O presidente Maduro ordenou em 19 de agosto o fechamento das pontes que comunicam o Norte de Santander com Táchira, o principal ponto de união dos 2.219 quilômetros da fronteira entre Colômbia e Venezuela, como parte de uma estratégia para combater o contrabando e paramilitares.

Além do fechamento da fronteira, decisão que foi acompanhada de um estado de exceção que já abrange vários municípios do Táchira, a Venezuela deportou pelo menos a 1.355 colombianos que viviam no país e outros 15 mil saíram por atalhos e com seus móveis e utensílios nas costas temendo correr a mesma sorte.

A chegada em massa de colombianos e de alguns venezuelanos que integram famílias mistas obrigou as autoridades colombianas a montar albergues em Cúcuta e Villa do Rosario, e iniciar um plano de ajudas econômicas, trabalhistas e sociais.

O governo colombiano qualificou esta situação como uma "crise humanitária" e pediu a mediação da comunidade internacional para deter as deportações, além da reabertura da fronteira.