Campanha eleitoral na Catalunha termina focada em debate sobre independência
Barcelona, 25 set (EFE).- A região da Catalunha celebra no domingo eleições parlamentares regionais, que se transformaram em um debate sobre as aspirações independentistas das forças nacionalistas, que o governo central da Espanha considera inconstitucionais.
Os líderes políticos protagonizam nesta sexta-feira o último dia de campanha, mas a situação da Catalunha protagoniza há muito tempo o debate político espanhol.
Há mais de um ano os partidos nacionalistas promovem a defesa da soberania, que culminaria com a eventual independência da região da Espanha, opção que a Constituição nacional não permite, como destacaram durante toda a campanha os dois grandes partidos espanhóis, o governante PP (centro-direita) e o opositor PSOE (socialista).
O presidente catalão, o nacionalista Artur Mas, convocou para 27 de setembro eleições para renovar o parlamento regional, mas que vê como a plataforma de saída para promover um processo que terminaria com a declaração de independência da região.
Como a Constituição espanhola não prevê essa opção, o governo central, em Madrid, acusa os nacionalistas de quererem burlar a legalidade e, além disso, de gerar uma fratura na sociedade catalã e de criar instabilidade, que teria efeitos econômicas negativos.
Por isso, além do debate entre políticos, tomaram partido nesta campanha empresários e personalidades da cultura e da sociedade.
Sindicatos empresariais, bancos e destacados homens de negócios tomaram partido para advertir do risco que uma eventual independência, com um forte queda da riqueza, teria.
A Catalunha possui o Produto Interno Bruto mais elevado de todas as regiões espanholas (199.786 milhões de euros em 2014, 18,9% do PIB de toda a Espanha) e o maior número de empresas ativas do país (18,36 %), o que dá dimensão de sua relevância.
Como repete o governo central, se tornar independente da Espanha deixaria a Catalunha fora da União Europeia, da Otan e da ONU, entre outras instituições, e seu acesso ao crédito se tornaria bastante complexo.
Os nacionalistas minimizam esse risco, quando não o negam abertamente, e concorrem domingo com uma só candidatura, Junts pel Se (Juntos pelo SE, em catalão), integrada por políticos de diferente sinal ideológico e representantes de movimentos sociais, com o paradoxo de que não é lidera por Mas, que pretende se manter à frente do Executivo regional.
Artur Mas tirou hoje "transcendência" de sua eleição como presidente regional e ressaltou que o importante são os apoios à independência no próximo domingo: "Isto é um plebiscito".
No entanto, mesmo entre os partidários da independência, há quem acredite que não bastaria ter a maioria de cadeiras na câmara regional, mas ganhar por mais da metade dos votos.
Embora regional, a eleição de domingo ganhou dimensão internacional, e nas últimas semanas líderes mundiais se pronunciaram a favor da unidade da Espanha, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os primeiros-ministros do Reino Unido, David Cameron, e da Alemanha, Angela Merkel.
Em meio a forte polarização, também surgiram vozes que defendem o diálogo, para reconhecer a singularidade da Catalunha na Espanha e buscar um depósito compulsório legal que satisfaça a todos.
A vice-presidente do governo central, Soraya Sáenz de Santamaría, insistiu hoje que "há uma coisa clara: uma declaração de independência não é possível, e não vai acontecer".
Em uma tentativa de acalmar os ânimos, Santamaría ressaltou que a partir de domingo o Executivo continuará trabalhando com o vencedor das eleições autônomas, como sempre fez.
Os líderes políticos protagonizam nesta sexta-feira o último dia de campanha, mas a situação da Catalunha protagoniza há muito tempo o debate político espanhol.
Há mais de um ano os partidos nacionalistas promovem a defesa da soberania, que culminaria com a eventual independência da região da Espanha, opção que a Constituição nacional não permite, como destacaram durante toda a campanha os dois grandes partidos espanhóis, o governante PP (centro-direita) e o opositor PSOE (socialista).
O presidente catalão, o nacionalista Artur Mas, convocou para 27 de setembro eleições para renovar o parlamento regional, mas que vê como a plataforma de saída para promover um processo que terminaria com a declaração de independência da região.
Como a Constituição espanhola não prevê essa opção, o governo central, em Madrid, acusa os nacionalistas de quererem burlar a legalidade e, além disso, de gerar uma fratura na sociedade catalã e de criar instabilidade, que teria efeitos econômicas negativos.
Por isso, além do debate entre políticos, tomaram partido nesta campanha empresários e personalidades da cultura e da sociedade.
Sindicatos empresariais, bancos e destacados homens de negócios tomaram partido para advertir do risco que uma eventual independência, com um forte queda da riqueza, teria.
A Catalunha possui o Produto Interno Bruto mais elevado de todas as regiões espanholas (199.786 milhões de euros em 2014, 18,9% do PIB de toda a Espanha) e o maior número de empresas ativas do país (18,36 %), o que dá dimensão de sua relevância.
Como repete o governo central, se tornar independente da Espanha deixaria a Catalunha fora da União Europeia, da Otan e da ONU, entre outras instituições, e seu acesso ao crédito se tornaria bastante complexo.
Os nacionalistas minimizam esse risco, quando não o negam abertamente, e concorrem domingo com uma só candidatura, Junts pel Se (Juntos pelo SE, em catalão), integrada por políticos de diferente sinal ideológico e representantes de movimentos sociais, com o paradoxo de que não é lidera por Mas, que pretende se manter à frente do Executivo regional.
Artur Mas tirou hoje "transcendência" de sua eleição como presidente regional e ressaltou que o importante são os apoios à independência no próximo domingo: "Isto é um plebiscito".
No entanto, mesmo entre os partidários da independência, há quem acredite que não bastaria ter a maioria de cadeiras na câmara regional, mas ganhar por mais da metade dos votos.
Embora regional, a eleição de domingo ganhou dimensão internacional, e nas últimas semanas líderes mundiais se pronunciaram a favor da unidade da Espanha, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os primeiros-ministros do Reino Unido, David Cameron, e da Alemanha, Angela Merkel.
Em meio a forte polarização, também surgiram vozes que defendem o diálogo, para reconhecer a singularidade da Catalunha na Espanha e buscar um depósito compulsório legal que satisfaça a todos.
A vice-presidente do governo central, Soraya Sáenz de Santamaría, insistiu hoje que "há uma coisa clara: uma declaração de independência não é possível, e não vai acontecer".
Em uma tentativa de acalmar os ânimos, Santamaría ressaltou que a partir de domingo o Executivo continuará trabalhando com o vencedor das eleições autônomas, como sempre fez.
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