Refugiados continuam chegando às ilhas, e Grécia supera os 50 mil imigrantes
O acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia, que entre outras medidas contempla a devolução de todo migrante que não peça asilo na Grécia, não impediu a chegada de mais de 1.600 refugiados às ilhas gregas nas últimas 24 horas e que o número total em todo o país já supere os 50.000.
Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira pelo centro de gestão da crise de refugiados, das 7h30 de domingo até a mesma hora de hoje chegaram às ilhas do Egeu oriental 1.662 pessoas.
O governo começou a desocupar as ilhas no sábado com o objetivo de esvaziar os centros de registro e deixá-los prontos apenas para os que vão ser devolvidos à Turquia.
No entanto, a falta de veículos de locomoção e as novas chegadas complicam esta tarefa e, neste momento, há 5.538 migrantes e refugiados nas ilhas, entre os que já estavam e, portanto, ainda podem ser transferidos à península e os que tem que retornar, a não ser que solicitem asilo na Grécia.
No total, há 50.411 migrantes e refugiados espalhados por todo o território grego.
O campo de Idomeni continua sendo o lugar que mais pessoas acolhe, com 13.250, número no qual não estão incluídos todos os acampamentos improvisados e centros de amparada dos arredores.
Outro dos pontos críticos é o porto de Pireo, onde se amontoam nestes momentos 5.132 refugiados nas instalações habilitadas também de forma improvisada e nas barracas distribuídas por todo o recinto portuário.
No porto de Elefsina, a menos de 20 quilômetros ao noroeste de Atenas, espera em mar aberto sem poder atracar a balsa Eleftherios Venizelos, com 1.433 pessoas a bordo.
O barco não pôde atracar por enquanto pelo mesmo motivo, a falta de veículos de locomoção suficientes para transferir os refugiados.
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