Colômbia tenta cessar-fogo com outro grupo guerrilheiro ainda em atividade
O governo da Colômbia e a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) reiniciaram nesta quinta-feira (10) em Havana, Cuba, o quinto ciclo de diálogos de paz com o objetivo de concretizar avanços nas negociações e após a recusa do Equador de seguir como mediador e sede das negociações.
Na capital cubana, que já acolheu as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ambas as partes anunciaram que trabalharão para concretizar um novo cessar-fogo bilateral e para elaborar um modelo da participação da sociedade no processo de paz.
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O líder da equipe negociadora do governo com o ELN, Gustavo Bell, se disse "razoavelmente otimista" para conseguir "resultados concretos e favoráveis em médio prazo", enquanto o chefe da delegação da guerrilha, Pablo Beltrán, afirmou que "nenhuma adversidade" fará com que o grupo deixe a mesa" de diálogo.
Tanto Bell como Beltrán manifestaram "profundo" agradecimento a Cuba por sediar o ciclo de conversas e por seu firme compromisso com a paz na Colômbia e na América Latina.
O líder da delegação do ELN, no entanto, mostrou preocupação com as "grandes dificuldades" que as Farc atravessam em seu processo de desmobilização, depois que estas assinaram um acordo de paz com o governo colombiano em 2016 e se transformaram em partido político. "As Farc colocaram todos os ovos na mesma cesta e veem que ela está a ponto de cair e quebrar todos eles", alertou Beltrán.
Na instalação da mesa também estiveram presentes os representantes dos países fiadores do processo: Brasil, Chile, Noruega e Venezuela, quem junto a Cuba ratificaram o seu compromisso de seguir apoiando as negociações, ressaltou o chefe da equipe de mediadores de Cuba, o embaixador Iván Mora.
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