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Presidente sul-coreano se comove vendo cúpula de Kim e Trump pela televisão

12/06/2018 00h31

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, se comoveu nesta terça-feira (12) vendo o início da histórica cúpula entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte e expressou seu desejo que se alcance a desnuclearização da península.

Moon e o resto do seu gabinete atrasaram 10 minutos o início do Conselho de Ministros para ver ao vivo pela televisão o histórico aperto de mãos entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump, no começo de sua reunião a portas fechadas no hotel Capella, em Singapura.

Moon e o primeiro-ministro sul-coreano, Lee Nak-yon, se mostraram especialmente comovidos pelas imagens.

"Provavelmente toda a atenção das pessoas está agora em Singapura. Eu mesmo não consegui dormir esta noite", disse Moon, na abertura do Conselho de Ministros, de acordo com o trecho de seu discurso publicado pelo gabinete presidencial.

"Eu me junto a todos que desejam com veemência que a cúpula seja um sucesso em nos conceder a total desnuclearização e a paz e nos levem a uma nova era entre as duas Coreias e os EUA", acrescentou Moon.

O presidente sul-coreano, que desde abril se reuniu duas vezes com Kim Jong-un, tem sido uma peça importante na mediação entre a Coreia do Norte e EUA para conseguir que os dois países realizem a esperada reunião, que inclusive chegou a ser cancelada pelas diferenças entre Pyongyang e Washington, por conta do modelo de desnuclearização.

No entanto, Moon lembrou ontem que o conflito na península "não pode ser resolvido em um único ato por uma reunião entre líderes" e pediu para trabalhar a longo prazo, aumentar os laços intercoreanos e a cooperação com vizinhos como a Rússia e China para desnuclearizar a península com sucesso.

A cúpula de hoje, cujo objetivo é debater o possível fim do programa nuclear de Pyongyang, é a primeira entre governantes dos dois países após quase 70 anos de tensões por causa da Guerra da Coreia (1950-1953), incluindo 25 de negociações frustradas sobre o chamado processo de desnuclearização norte-coreano.