Coronavírus priva de aulas 1 a cada 5 alunos no mundo, segundo Unesco
Paris, 10 mar (EFE) — Cerca de 363 milhões de estudantes em todo o mundo estão fora das salas de aula devido às medidas tomadas para lidar com a epidemia de coronavírus, o que significa que um a cada cinco estudantes (seja no ensino primário, fundamental ou médio) está sendo afetado. Já a contagem no ensino superior é de um a cada quatro alunos.
Estes números foram divulgados nesta terça-feira em uma declaração da Unesco, durante reunião convocada por videoconferência na qual participaram 27 ministros e outros representantes de 72 países para intensificar a resposta de emergência e tentar minimizar a interrupção do aprendizado.
Dos cerca de 363 milhões contabilizados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), 57,8 milhões são estudantes universitários.
Cerca de 15 países ordenaram o fechamento de escolas em nível nacional e 14 fechamentos localizados, medidas tomadas na Ásia, Europa, Oriente Médio e América do Norte.
Em 4 de março, 290,5 milhões de estudantes foram afetadas pelo fechamento de escolas em 13 países, em uma tentativa de deter a propagação do coronavírus.
"Estamos entrando em território desconhecido e trabalhando com países para encontrar soluções de alta tecnologia, baixa tecnologia e sem tecnologia para garantir a continuidade da aprendizagem", reconheceu a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.
O objetivo é promover "a inovação e a inclusão, em vez de exacerbar as desigualdades de aprendizagem" neste contexto.
A organização criou uma equipe de emergência para apoiar as diferentes capitais e reunir "políticas eficazes", concentrando-se nos "países mais vulneráveis". Além disso, publicou uma lista de aplicativos e plataformas abertos de aprendizagem para uso dos pais, professores e alunos, assim como sistemas escolares.
A Unesco pede que os países levem em conta os objetivos de inclusão e equidade como princípios orientadores no planejamento das suas ações, uma vez que o encerramento das escolas "tende a afetar mais os alunos vulneráveis".
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