Veja 5 boatos que saíram da internet e geraram resposta das autoridades
O acesso à internet e a baixa moderação de conteúdo em redes sociais e comunicadores instantâneos (como o WhatsApp) fizeram com que a web ficasse recheada de informações falsas. Diariamente, uma grande quantidade de boatos é criada e se espalha pela internet.
Publicados inocentemente ou com más intenções, os boatos têm, normalmente, vida curta. Porém, alguns casos chegaram a ganhar tanta repercussão que acabaram mobilizando desmentidos de autoridades públicas. O UOL separou cinco dessas histórias em que o governo ou órgãos oficiais se viram obrigados a desmentir informações falsas criadas e compartilhadas online. Relembre:
1) Governo vai confiscar as poupanças da Caixa: Em fevereiro de 2015, começou a circular em redes sociais e WhatsApp a informação de que o governo, por motivos econômicos, iria realizar um confisco dos correntistas da Caixa Econômica Federal. A atmosfera de dúvida criada na ocasião fez com que o Ministério da Fazenda e o banco desmentissem a informação. A Polícia Federal ainda investiga o caso.
2) Alberto Youssef morre envenenado: No dia 25 de outubro (véspera do segundo turno das eleições de 2014), o doleiro Alberto Youssef (um dos acusados na operação Lava Jato) foi internado em Curitiba. No dia seguinte, o boato de que ele havia sido morto após envenenamento, supostamente pelo PT, começou a circular no WhatsApp e gerou furor. Diante o boato, a Polícia Federal teve que emitir um comunicado dizendo que Youssef estava vivo.
3) Maria do Rosário se comove com assaltante: Em outubro de 2013, um vídeo real de um assaltante baleado durante um assalto tomou conta da internet. No dia seguinte, um blog publicou a informação de que Maria do Rosário teria se comovido com o caso, com uma foto da então ministra dos Direitos Humanos lacrimejando. Maria do Rosário negou ter se comovido com a história e disse que o policial fez o que tinha que ser feito. O boato fez com que a então ministra da Secretaria de Direitos Humanos acionasse a PF para descobrir quem era o responsável pelo blog e o tirasse do ar. A PF identificou o autor, mas o processo não foi para frente e a página continua no ar.
4) Bolsa Família será cancelado pelo governo: Em maio de 2013, o governo atrasou, por engano, o pagamento de todos beneficiários do Bolsa Família. Isso fez com que o boato do fim do programa se espalhasse e as pessoas corressem aos bancos para retirar o dinheiro. Após o caos se espalhar em agências do Norte e Nordeste, governo e a Caixa desmentiram a informação. Assim que o boato se espalhou, a então ministra da SDH, Maria do Rosário, acusou a oposição de ser responsável de criar o boato. A PF abriu inquérito para saber de onde saiu a mentira, mas não encontrou os responsáveis.
5) Enem será cancelado: Em novembro de 2012, às vésperas da prova do Enem, um usuário do Twitter publicou uma notícia antiga, de 2009 (quando a prova realmente foi cancelada), dizendo que o exame não seria realizado. A história se espalhou tanto que o Ministério da Educação teve que publicar o desmentido na rede social e apontou que a PF havia identificado o culpado pelo boato. Passados três anos, o caso (assim como os outros citados nesta matéria) não deu em nada.
Como não cair em boatos
Seguir alguns passos pode ajudar na hora de identificar se uma notícia é verdadeira ou não. Uma dessas dicas é verificar sempre a fonte da informação. Os boatos normalmente não citam fontes ou, quando muito, relatam fontes anônimas (um amigo, um delegado etc). Vale também ficar de olho na estrutura do texto. Textos falsos na web sempre contam com muitos erros ortográficos, de concordância, letras em caixa alta e tom alarmista.
Os boatos também, normalmente, pedem o compartilhamento da informação (essa é a forma básica de sobrevivência das mentiras). Se você vir isso em uma mensagem, desconfie. Por fim, vale sempre checar a se a informação é verdadeira em sites de notícias (como o UOL) ou em serviços que desmentem notícias falsas. No Brasil, há dois sites que fazem isso: o Boatos.org e o e-farsas.com.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.