Irã promete 'resposta firme' a menos que Obama impeça renovação de sanções
DUBAI (Reuters) - O presidente iraniano, Hassan Rouhani, exigiu neste domingo que Barack Obama bloqueie as sanções aprovadas pelo congresso norte-americano, afirmando que em caso contrário Teerã "responderia firmemente".
Em discurso no Parlamento, Rouhani denunciou a legislação aprovada pelo Congresso norte-americano que estende a Lei de Sanções contra o Irã (ISA, na sigla em inglês) por 10 anos como uma violação do acordo nuclear de Teerã com seis grandes potências. O acordo restringe o programa nuclear de Teerã em troca do levantamento das sanções financeiras internacionais.
"O presidente norte-americano é obrigado a exercer sua autoridade ao evitar sua aprovação e particularmente sua implementação. Se essa grave violação for levada a cabo, responderemos firmemente", disse Rouhani em seu discurso, transmitido ao vivo pela televisão estatal.
O presidente Obama deve sancionar a lei, disse a Casa Branca na sexta-feira.
A medida do Congresso norte-americano foi um golpe para Rouhani, pragmático que engenhou a abertura diplomática para o Ocidente que levou ao acordo nuclear.
Autoridades norte-americanas afirmaram que a renovação do ISA não infringiria o acordo nuclear. Legisladores dos EUA também afirmaram que a extensão do ISA tornaria mais fácil para as sanções serem rapidamente re-impostas caso o Irã transgrida o acordo nuclear.
No domingo, 264 legisladores do parlamento de 290 cadeiras do Irã emitiram um comunicado pedindo que o governo implemente medidas contrárias, incluindo o relançamento do enriquecimento nuclear, interrompido sob o acordo nuclear, segundo reportagem da agência de notícias IRNA.
O degelo diplomático entre Washington e Teerã nos últimos dois anos parece estar em perigo com o presidente norte-americano eleito Donald Trump assumindo o cargo no próximo mês. Ele afirmou em sua campanha de eleição que acabaria com o acordo nuclear.
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