Tebet pode ter ministério com pautas sociais para reforçar nome para 2026

No xadrez do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há muitos nomes sendo estudados e pleiteados para ocupar a equipe do primeiro escalão da Esplanada. Interlocutores do petista dizem que ainda não há nenhuma definição deste time e sim muita especulação.

Um dos nomes que desponta como ministeriável é o da senadora Simone Tebet (MDB), que concorreu à presidência no primeiro turno e foi uma importante aliada de Lula na segunda etapa da disputa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo apurou a coluna, Lula já teria sinalizado a intenção de contar com a senadora no time de ministros, mas a pasta que pode ser destinada à aliada ainda não foi fechada.

Apesar de sua ligação com o agronegócio, a senadora teria demonstrado a integrantes da campanha do PT que não gostaria de assumir a Agricultura. A intenção de Tebet seria manter suas principais bandeiras da campanha: o combate à fome e a defesa de políticas públicas voltadas para a educação. Do lado de aliados de Lula, não haveria resistência em relação ao desejo da senadora.

Dentro deste escopo, uma das pastas que Tebet pode ocupar seria a da Cidadania, que é responsável pelas políticas sociais, como o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família.

A avaliação feita por aliados da senadora é que o Ministério da Cidadania daria uma boa projeção dentro dessas bandeiras que Tebet "não quer abrir mão" e também ajudaria a fortalecer o seu nome para 2026.

Após a eleição de Lula, Tebet tem evitado agendas públicas e se recolheu para um período de descanso com a família.

Com a transição de governo ainda em fase inicial, as tratativas para a senadora vir a compor o governo Lula ainda devem demorar um pouco.

Nas palavras de um auxiliar do presidente eleito, Tebet só não estará no futuro governo se não quiser.

A avaliação é que seu apoio foi fundamental para a eleição e Lula e a habilidade política da senadora poderá ajudar na articulação do futuro governo. Apesar disso, auxiliares do presidente reforçam que ainda é cedo para cravar qualquer nome de ministro e Lula vai ser estratégico e cauteloso para formar seu time.