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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Haddad acerta com Guedes manter isenção de imposto de combustível por 1 mês

Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva no CCBB, em Brasília - Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva no CCBB, em Brasília Imagem: Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

27/12/2022 11h34

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O ainda ministro da Economia, Paulo Guedes, acertou com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) a prorrogação da isenção do PIS e Cofins sobre os combustíveis por mais 30 dias.

Segundo apurou a coluna, uma MP (Medida Provisória) será assinada ainda nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com a decisão.

Se não fosse prorrogada a isenção, de acordo com fontes do atual governo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiria a rampa no dia 1 de janeiro "com os preços da gasolina subindo junto".

A equipe de Guedes chegou a sugerir que a MP tivesse validade de 90 dias para que o novo governo tivesse mais tempo para tratar a questão do preço da gasolina.

Mas, em uma conversa entre Guedes e Haddad, o futuro ministro teria dito que 30 dias serão suficientes para que sua equipe busque uma nova fórmula para tratar a questão.

Guedes tem dito nos bastidores que a assinatura da MP seria uma espécie de "gesto de boa vontade" do presidente Bolsonaro com o novo governo.

De acordo com fontes da pasta, caso Bolsonaro tivesse sido reeleito a intenção era manter a isenção durante todo o ano que vem. Nos cálculos do Ministério da Economia, a isenção do PIS Cofins sobre combustíveis custa aos cofres da União R$ 52 bilhões por ano. Somente para diesel e gás de cozinha, o valor é de R$ 17 bilhões.

A equipe de Guedes apostava na taxação de lucros e dividendos para conseguir fonte de receita para compensar a isenção, o que dependeria de um aval do Congresso.