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Ciro Nogueira: Lira ficou magoado após ação da PF e tributária deve atrasar
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Correligionário do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que Lira relatou mágoas com as operações da Polícia Federal que tiveram como alvo seus aliados e que acha uma boa saída ele tentar reverter essa mágoa em trabalho.
"O Lira tem todo o direito de ficar magoado. Eu acho que foi injustiçado e, às vezes, fazem ilações. Ele é um grande amigo e isso [as operações da PF] o magoou", disse, em entrevista ao UOL. "Espero que todas as injustiças que está sofrendo ele transforme em trabalho para se votarem as matérias importantes para o país", completou.
Uma das operações aconteceu no início de junho e, em um dos locais de busca e apreensão, em Maceió, a PF encontrou R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo com um aliado de Lira, Luciano Cavalcante. Na época, o presidente da Câmara disse que não tinha "nada a ver com isso" e afirmou que não se sentia atingido.
Apesar disso, Lira conversou com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para reclamar das operações.
Mesmo admitindo que Lira relatou mágoas com a ação da PF, Ciro Nogueira ressaltou que pessoas públicas estão sujeitas a investigações e que é preciso valorizar as instituições.
Dificuldades para avanço da tributária
Apesar de exaltar o fato de Lira tentar fazer uma supersemana de trabalhos na Câmara, Ciro Nogueira disse que há muitos entraves para que a reforma tributária seja votada nesta semana, como quer o presidente da Câmara.
Segundo Nogueira, mesmo com o tema já em discussão desde o governo anterior, ainda há um "desconhecimento muito grande" do texto.
"Uma reforma tributária não se vota porque você é contra ou a favor do governo", disse. "As pessoas não vão votar só porque o Lira tá pedindo, ou porque o líder vai pedir", afirmou.
O senador disse ser pessoalmente favorável à proposta, mas afirmou que acha que "vai ser difícil" aprová-la nesta semana.
Sobre o posicionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ontem divulgou carta contra reforma dizendo que a bancada do PL não deve aprovar o texto, Ciro disse que pretende procurá-lo para tentar alterar a posição do ex-presidente.
"Vamos tentar [convencer]. Tenho certeza de que ele [Bolsonaro] não é contra tudo", disse. "Por isso acho difícil votar nesta semana. Eu não acho fácil. Quanto antes, melhor, mas o ideal é que não percamos essa oportunidade por questões de dias", completou.
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