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Com Lula, Brasil volta a condenar assentamentos israelenses na Cisjordânia
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Depois de quatro anos adotando uma postura de apoio ao governo de Israel, o Brasil volta a se alinhar com a América Latina e condenou os assentamentos israelenses na Cisjordânia.
O gesto foi tomado em nota divulgada hoje de forma conjunta pelos governos de México, Chile e Argentina, além do brasileiro.
Durante o governo de Jair Bolsonaro, o Brasil abandonou sua postura tradicional de equilíbrio entre as reivindicações palestinas e a posição de Israel. Em votações da ONU, o Brasil passou a ser um dos poucos países a apoiar explicitamente o governo israelense.
Bolsonaro chegou a prometer mudar a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, o que jamais de fato ocorreu.
Agora, ao lado dos demais países latino-americanos, o governo Lula declara que vê com "profunda preocupação a decisão do governo de Israel de legalizar nove postos avançados ("outposts") e construir dez mil casas em assentamentos existentes na Cisjordânia".
A decisão israelense também foi duramente criticada por governos europeus e até mesmo pelos EUA.
"Essas medidas unilaterais constituem graves violações do Direito Internacional e das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, especialmente a resolução 2.334 (2016), além de contribuir para elevar as tensões atuais", declararam os governos latino-americanos.
O Brasil e os demais países ainda expressam "oposição a qualquer ação que comprometa a viabilidade da solução de dois Estados, na qual Israel e Palestina possam compartilhar fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente, respeitando as legítimas aspirações de ambos os povos de viver em paz".
A nota ainda conclui com um pedido de Argentina, Brasil, Chile e México para que israelenses e palestinos "se abstenham de atos e provocações que possam promover nova escalada de violência e que retomem as negociações para chegar a uma solução pacífica para o conflito".
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