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Josias de Souza

Carluxo critica comunicação do Planalto: 'Nada faz'

Sergio Lima/AFP
Imagem: Sergio Lima/AFP

Colunista do UOL

25/12/2019 21h31

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Ao final de um ano em que a principal marca da oposição foi a inoperância, o vereador Carlos Bolsonaro acumula as atribuições de amigo e inimigo do governo. Carluxo considera-se o principal defensor da gestão do pai. E lamenta que o setor de comunicação do Planalto não siga o seu exemplo.

Em nova postagem nas redes sociais, o filho Zero Dois de Jair Bolsonaro anotou ser "lamentável" ter de lutar "para mostrar o que tem sido feito de bom 24h ao dia enquanto se vê uma comunicação do governo que nada faz". Chama-se Fábio Wajngarten o secretário de Comunicação do Planalto.

Além de desqualificar o trabalho de Wajngarten, Carluxo incluiu em sua mensagem um ataque ao Poder Legislativo. Fez isso por meio da charge que ilustra o seu post. Nela, há dois guichês. Num, com apenas uma pessoa defronte, está escrito: "Pressione o Congresso pra não fazer merda". Noutro, onde se lê "pressione o presidente pra limpar a merda do Congresso", há uma multidão.

Esta é a segunda vez em menos de uma semana que Carluxo ataca os responsáveis pela comunicação oficial. Há seis dias, ele pendurou nas redes um vídeo no qual o presidente insinua que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, está por trás da ação do Ministério Público contra Flávio Bolsonaro, seu irmão mais velho.

"Se eu fosse comunicação do governo, o que sempre foi uma bela de uma porcaria, só neste vídeo trabalharia umas 5 mensagens facilmente", escreveu o Zero Dois.

Carluxo passou 26 dias ausente das redes sociais, seu habitat natural. Retornou em 8 de dezembro. Parece decidido a recuperar o tempo perdido. Roda um filme conhecido. O final costuma ser infeliz para os seus alvos.

Superior hierárquico de Fábio Wajngarten, o general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, deveria fazer um telefonema para o colega de farda Santos Cruz, seu antecessor no cargo. Alvo de Carluxo, Santos Cruz teve a cabeça levada à bandeja por Bolsonaro sem constrangimentos. De nada adiantaram as três décadas de amizade que uniam o general ao capitão.