STF trava caso de caixa dois de Onyx há um ano
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A investigação sobre o pagamento de caixa dois da empresa J&F para o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) está travada no Supremo Tribunal Federal desde fevereiro do ano passado. Prestes a fazer aniversário de um ano, a trava não tem data para terminar.
No total, o processo tramita há quase três anos. Conforme realça notícia veiculada pelo Globo, a encrenca nasceu em maio de 2017, no âmbito da delação de executivos da J&F, que controla a JBS.
Em 18 de fevereiro de 2019, a Procuradoria requereu a remessa dos autos para a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul. Relator do caso, o ministro Marco Aurélio Mello concordou. Mas a defesa de Onyx recorreu. Pediu que o processo permaneça na Suprema Corte.
O recurso foi à Primeira Turma do Supremo. Deveria ter sido julgado em agosto passado. Marco Aurélio reiterou a posição favorável ao envio da encrenca para a Justiça Eleitoral gaúcha. Mas o ministro Alexandre de Moraes pediu vista do processo. E ainda não devolveu.
Suprema ironia: Onyx é um investigado confesso. Admitiu ter recebido por baixo da mesa R$ 100 mil da J&F na campanha de 2014. Os delatores esclareceram que a cifra foi maior: R$ 200 mil. E adicionaram na conta mais R$ 100 mil repassados a Onyx na campanha de 2012.
Após admitir o caixa clandestino, em maio de 2017, Onyx pediu desculpas e pronunciou um compromisso: "Vou assumir, como um homem tem que fazer. Eu vou lá pra frente do Ministério Público, vou reafirmar o que estou dizendo publicamente aqui, vou ao juiz que foi destinado ao caso e vou reafirmar.
Por ora, Onyx não fez senão recorrer. Chamado tecnicamente de "falsidade ideológica eleitoral", o crime de caixa dois sujeita o transgressor à pena de até cinco anos de cadeia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.