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Família Bolsonaro realiza esforço mórbido para ressuscitar 'efeito facada'
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Menos de 24 horas depois de Bolsonaro ter lançado sua candidatura à reeleição com um discurso que tentou recriar o ambiente antipetista e anticorrupção de 2018, Flávio Bolsonaro aderiu ao esforço para virar a página da campanha de 2022 para trás. Coordenador do comitê da reeleição, Flávio enxergou na nova internação hospitalar do pai uma oportunidade mórbida para ressuscitar o velho "efeito facada".
O primogênito correu às redes sociais para anotar: "As consequências da tentativa de homicídio por um ex-militante do PSOL continuam trazendo transtornos à saúde do meu pai. Mas o mal nunca venceu nem vai vencer o bem!".
No início do ano mês passado, Bolsonaro e sua prole já haviam tentado grudar o marketing da facada no enredo do camarão mal mastigado que transportou o presidente de suas férias catarinenses para o hospital paulista Vila Nova Star com dores intestinais.
Ao sair do hospital paulista, Bolsonaro anteviu novas internações. Disse que não tinha como garantir que "lá na frente" não iria "tomar um caldo de cana e comer um pastel" que lhe obstruíssem o intestino grosso.
O presidente já deixou o Hospital das Forças Armadas em Brasília. Recebeu alta após uma madrugada de exames. O intestino parece estar bem. A campanha, nem tanto.A família Bolsonaro ainda não se deu conta de que a tática de 2018 perdeu o prazo de validade. Hoje, a maioria do eleitorado enxerga no Planalto não mais a vítima de um atentado hediondo, mas o culpado por uma gestão ruinosa.
Como qualquer presidente, Bolsonaro pode pleitear a reeleição. Mas é preciso que tenha desempenho para isso. Comparado à encenação de 2018, o capitão chega a 2022 virado do avesso. Tornou-se uma caricatura antissistêmica guiada pelo sistêmico centrão.
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