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Senado precisa instalar uma CPI da CPI do MEC
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Com a rapidez de quem frita um ovo, o senador Randolfe Rodrigues, coordenador da campanha de Lula, anunciou na sexta-feira a obtenção das 27 assinaturas necessárias à abertura de uma CPI para investigar o apodrecimento do Ministério da Educação. Bolsonaro determinou a abertura do balcão do Planalto no final de semana. E três senadores decidiram retirar suas rubricas do requerimento.
Agora, o Senado terá de instalar a CPI da CPI, para desvendar os mistérios que levaram os senadores a produzir a façanha de desfritar um ovo em 48 horas. O enredo da fritura reversa inclui intriga, emoção e perfídia. O comando da mágica culinária coube ao senador licenciado Ciro Nogueira, chefão da Casa Civil e padrinho de operadores que o centrão acomodou dentro dos cofres do MEC.
Desembarcaram do requerimento da CPI um senador do PDT -Weverton Rocha, candidato de Ciro Gomes ao governo do Maranhão— e dois do Podemos: o paranaense Oriovisto Guimarães, fundador do grupo educacional Positivo, que mantém negócios de R$ 6,7 milhões com o governo; e o potiguar Styvenson Valentim, que divulgou há seis meses um vídeo no qual tachou o Senado de "chiqueiro" e lamentou ter que chamar "vagabundo" de "excelência".
Uma quarta senadora, a capixaba Rose de Freitas, do MDB, disse que sua assinatura foi incluída no requerimento da CPI sem o seu consentimento, tendo sumido na sequência. Exigiu investigação. Randolfe, o autor do pedido de CPI, sustenta que o computador usado para inserir e apagar a rubrica digital da senadora está instalado no gabinete dela. Ameaça levar Rose ao Conselho de Ética por quebra de decoro. Como se vê, o esforço para blindar os larápios do MEC resultou em farto material para uma CPI da CPI.
- Veja todos os comentários de Josias de Souza sobre o noticiário político na edição da manhã do UOL News:
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