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Surge no centrão o governismo "independente"
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Brilha no Planalto o talento do compositor. Lula voltou a compor com todo mundo. A disposição do presidente fez surgir no centrão bolsonarista um adesismo envergonhado. No gogó, partidos como PP e Republicanos asseguram que estão com os dois pés fora do governo. Na prática, já admitem ficar só com um.
Presidente do PP, Ciro Nogueira chefiou a Casa Civil de Bolsonaro. Hoje, chama a gestão Lula de "desgoverno". Mandachuva do Republicanos, o deputado Marcos Pereira ecoou Bolsonaro ao aderir à campanha do capitão à reeleição em julho do ano passado: "A bandeira do Brasil jamais será vermelha".
Hoje, Ciro Nogueira e Marcos Pereira liberam os filiados de suas legendas para aceitar eventuais convites de Lula para comandar ministérios ou estatais no "desgoverno" do presidente do partido da estrela vermelha. Criaram o governismo independente —um pé no governo, outro na "independência" legislativa. Ambicionam o melhor dos mundos: as verbas do governo e o descompromisso de oposição.
Estão sobre o balcão bijuterias como a pasta dos Esportes e algumas joias da coroa. Por exemplo: o Ministério do Desenvolvimento Social, que gerencia o Bolsa Família, e a Caixa Econômica Federal. O centrão lança um olhar de cobiça até sobre a pasta confiada ao vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).
PP e Republicanos já dispõem de suas indicações. Mas atribuirão eventuais nomeações à escolha pessoal de Lula. Há de tudo na articulação, exceto interesse público. Sabe-se apenas que os "independentes" vão à Caixa e aos para ordenhá-los.
Do ponto de vista do Lula, há um objetivo imediato e outro futuro. No curto prazo, Lula passa seu ministério a sujo para obter votos no Congresso. No médio prazo, ele mantem na sua orbita de ação politica dois partidos que ensaiam apoio a uma eventual candidatura conservadora de Tarcísio de Freitas.
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