Gangue da pedrada que roubou Neto levou R$ 278 mil de vítimas em 5 ataques
Avenida Paulista, avenida do Estado, rua da Figueira, rua do Glicério e rua João Di Pietro. Esses são os endereços dos cinco ataques cometidos em um mês pela gangue da pedrada contra motoristas no trânsito de São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, nessas ações registradas entre os dias 4 de junho e 5 de julho deste ano ladrões roubaram os telefones celulares e transferiram R$ 278.059,31 das contas bancárias das vítimas. Um dos ataques, no Morumbi, foi contra o craque Neto e o produtor dele, Renato Zabeu Nalesso, o Kascão, 44.
O roubo aconteceu no dia 5 deste mês, por volta das 16h. Kascão estava ao volante do Renault Captur, em companhia de Neto, aguardando a abertura do semáforo. Um assaltante se aproximou, quebrou o vidro da janela da porta do passageiro, pegou o telefone celular que estava no painel e fugiu.
Da conta bancária de Kascão foram transferidos R$ 4.567,54. A Polícia Civil apurou que o dinheiro foi parar na conta de Thiago Antunes Alves, 28, morador na rua Guaianases, região central de São Paulo. Ele é apontado por investigadores como o principal "conteiro" da gangue da pedrada.
Conteiro é o titular da conta para a qual é transferido o dinheiro roubado das vítimas. Policiais civis chegaram ao nome de Thiago após a prisão de Nathan Rodrigues dos Santos, 21. Ele foi um dos ladrões que atacaram Neto e o produtor dele. Kascão reconheceu o assaltante sem sombra de dúvidas.
Confessou o roubo
Nathan foi preso dia 11, no Glicério, por investigadores do 6º DP (Cambuci) e encaminhado à 3ª Delegacia Seccional (Oeste). Ele confessou a participação no crime. Os agentes apuraram que no mesmo dia do ataque, ele repassou o celular roubado para uma pessoa moradora na rua Guaianases.
Após pesquisar boletins de ocorrência com o mesmo endereço, os policiais identificaram Thiago e descobriram que ele prestou ao menos três queixas de furto e roubo de documentos à polícia para tentar justificar que ladrões estariam usando o nome dele indevidamente em ações ilícitas.
As investigações apontam que em nome de Thiago foi transferida parte do dinheiro roubado de outras vítimas da gangue. Um coreano foi atacado no trânsito da rua do Glicério, às 10h de 4 de junho deste ano, e sofreu prejuízo de R$ 93.417,10.
Outra vítima, um homem também sofreu ataque na rua da Figueira, às 10h do dia 20 de junho. Em três transações bancárias, a gangue transferiu R$ 149.999,67 das contas dele.
No dia 26 de junho, outro homem ficou sem R$ 19.300. Na avenida Paulista, um rapaz de 25 anos foi assaltado no dia 14 de junho e ficou sem os R$ 10.775.
Nathan teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e está recolhido no CDP 1 (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste paulistana. O Ministério Público também pediu a preventiva de Thiago, mas até a última sexta-feira (14), ele continuava solto.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Nathan e Thiago, mas publicará a versão dos defensores de ambos na íntegra, caso haja manifestação.
Reportagem
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