PM é suspeito de ter estuprado jovem de 15 anos em abordagem policial em SP
Um soldado da Polícia Militar é suspeito de ter estuprado uma adolescente de 15 anos durante abordagem policial em Várzea Paulista (SP) na manhã de domingo (21). A família da garota prestou queixa à Polícia Civil. O caso é investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) da cidade.
Procurada, a SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) informou em nota que o caso é investigado por meio de um IPM (Inquérito Policial Militar) e pela DDM de Várzea Paulista. Segundo a pasta, a autoridade policial já ouviu o soldado envolvido e a vítima.
A nota diz ainda que o policial militar foi afastado das atividades até que se esclareçam todos os fatos. Foram solicitados, ainda, exames periciais que estão em processo de elaboração e serão analisados assim que concluídos.
A SSP informou também que detalhes sobre o caso serão preservados por se tratar de crime sexual e envolver menor de idade.
A mãe da menina foi à delegacia de Várzea Paulista e relatou que a filha havia sido vítima de estupro e que o crime tinha ocorrido durante abordagem realizada por policiais militares. Policiais civis de plantão elaboraram um boletim de ocorrência.
Segundo a mãe da adolescente, o tio da garota também esteve no local onde ocorreu o estupro e encontrou a calcinha da jovem. Ele foi ouvido formalmente pelos plantonistas. A peça de roupa foi apreendida e encaminhada para perícia.
Preservativo apreendido
Um perito, um fotógrafo e uma investigadora da Polícia Científica foram até a região onde aconteceu a abordagem. A equipe realizou levantamentos na área e recolheu um preservativo, duas embalagens de preservativos e uma caneta de cor preta.
Os investigadores apuraram que dois soldados participaram da abordagem feita em um local ermo, nas proximidades de uma rotatória na Vila Real, por volta das 7h.
A Polícia Civil orientou a mãe da adolescente a levá-la até o Hospital Universitário de Jundiaí para receber atendimentos médico e psicológico. Posteriormente, funcionários do HU confirmaram aos agentes a presença das duas na unidade hospitalar.
Os advogados do soldado acusado de estupro pela família da garota não foram localizados, nem os defensores do outro PM que também teria participado da abordagem policial. O espaço permanece aberto para manifestações de ambos.
A coluna telefonou várias vezes para a DDM, responsável pelas investigações, mas ninguém atendeu as ligações. O delegado-titular de Várzea Paulista também foi procurado, mas um investigador informou que ele está em férias e que só a DDM poderia se pronunciar sobre o caso.
Reportagem
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