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Leonardo Sakamoto

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Doria cresce em rejeição e empata com Bolsonaro em 1º lugar, diz Quaest

23.abr.2019 - João Doria (PSDB), governador de São Paulo, tira uma foto com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) após encontro entre os dois no Palácio do Planalto, em Brasília - Marcos Corrêa/PR
23.abr.2019 - João Doria (PSDB), governador de São Paulo, tira uma foto com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) após encontro entre os dois no Palácio do Planalto, em Brasília Imagem: Marcos Corrêa/PR

Colunista do UOL

07/04/2022 08h47

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A rejeição eleitoral do ex-governador João Doria (PSDB) subiu de 60% para 63%, entre março e abril, ultrapassando numericamente a do presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi de 63% para 61%, segundo a pesquisa Quaest/Genial, divulgada nesta quinta (7). Eles estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro, de dois pontos.

A rejeição do ex-governador Ciro Gomes (PDT) também subiu, indo de 55% para 58%, enquanto a do ex-presidente Lula permaneceu estável em 42%.

Doria trava uma disputa com a ala de seu partido que apoia Eduardo Leite para ser o nome tucano na chapa da terceira via. O ex-governador do Rio Grande do Sul perdeu as prévias, mas vem questionando a candidatura do paulista porque a intenção de voto dele não decolou, apenas a rejeição.

Bolsonaro viu a avaliação positiva de seu governo melhorar puxado por quem ganha até dois salários mínimos, indo de 20% para 24%. Entre os que recebem o Auxílio Brasil, a aprovação subiu de 19% para 24% e a reprovação caiu de 54% para 46%.

Com o fracasso, até agora, da terceira via, o presidente também trouxe de volta para casa parte dos filhos pródigos que passaram a avaliar negativamente seu governo nos últimos três anos. Entre os que votaram nele no segundo turno de 2018, a avaliação negativa caiu de 22% para 17% e a positiva subiu de 49% para 52%. Ele se recuperou especialmente na região Sul, onde venceu com folga na última eleição, e no Norte.

Os votos "nem Lula, nem Bolsonaro" foram transferidos principalmente para o presidente. A preferência por nenhum dos dois caiu de 25% para 19% enquanto a de Jair foi de 26% para 31%. Lula oscilou de 44% para 46% no mesmo período. A retirada da candidatura presidencial do ex-juiz Sergio Moro ocorreu entre um levantamento e outro da Quaest.

Com o arrefecimento da pandemia, as notícias ruins para Bolsonaro continuam no campo da economia. Subiu de 56% para 59% a percepção das pessoas de que sua capacidade de pagar as próprias contas piorou. E enquanto 98% avaliam que os preços dos produtos aumentaram, 74% acreditam que eles vão continuar aumentando. O presidente é apontado como principal culpado pelo aumento dos combustíveis, apontado por 24%. Só depois vêm a Petrobras (15%), a Guerra na Ucrânia (14%) e os governadores (12%).

Pesquisa é fotografia de momento e há uma tendência positiva para Bolsonaro. Apesar disso, a Quaest aponta que Lula poderia vencer, hoje, no primeiro turno.

No cenário mais provável, ele teria 45%, enquanto Bolsonaro ficaria com 31%, Ciro, 6%, André Janones e Doria, 2%, e Simone Tebet e Vera Lúcia, 1%. Ou seja, a somatória dos adversários chegaria a 43% empatando com Lula no limite da margem de erro de dois pontos.