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Mauricio Stycer

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Folha: Guerra na Ucrânia mostra os custos de fazer jornalismo independente

Repórter da CNN, Matthew Chance se assustou com as explosões do início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia - Reprodução: Twitter
Repórter da CNN, Matthew Chance se assustou com as explosões do início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia Imagem: Reprodução: Twitter

Colunista do UOL

06/03/2022 07h01

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Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, na quinta-feira da semana passada, a CNN americana contava com seis correspondentes e três âncoras no país atacado. Em uma entrevista, o chefe da CNN Internacional, Mike McCarthy, disse que a rede tinha 75 pessoas na Ucrânia, incluindo motoristas e intérpretes locais.

É guerra ao vivo, um tipo de programa que a CNN firmou a reputação de fazer como ninguém. O marco foi a decisão de Peter Arnett de permanecer em Bagdá, em 1991, durante a Guerra do Golfo, contrariando a orientação do governo americano para que todos os jornalistas deixassem a cidade. Acabou sendo o único profissional a registrar a cidade bombardeada e entrou para a história.

Astúcia e coragem são sempre citadas como qualidades essenciais ao trabalho dos correspondentes de guerra. Mas não bastam. Sem o apoio de uma estrutura altamente dispendiosa por trás, fica cada vez mais difícil exercer esse ofício com um mínimo de segurança e independência.

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