Raquel Landim

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Crítica de Lula ao BC inverte tendência e prejudica recuperação do mercado

As críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à decisão do Banco Central de manter as taxas de juros estáveis inverteram a tendência dos mercados e interromperam a recuperação do preço dos ativos.

O dólar, que abriu o dia em queda e bateu R$ 5,386 na mínima do dia, voltou a subir, encostando em R$ 5,47. Fechou em alta de 0,38%, a R$ 5,462.

O Ibovespa também teve um dia de forte volatilidade — abriu em alta, chegou a operar em queda e acabou fechando com leve avanço de 0,18%. No mercado de juros, os contratos com vencimentos mais longos passaram a subir depois da fala de Lula.

Em entrevista à uma rádio do Ceará, o presidente afirmou que a decisão do Copom era uma "pena" e que o BC "atendeu os especuladores que ganham com os juros".

Lula voltou a criticar a autonomia do Banco Central e afirmou que presidente da República não interfere no trabalho do presidente do BC, mas deve ter autonomia para demiti-lo.

Segundo operadores, era para ser um dia de calmaria depois do Copom (Comitê de Política Monetária) manter os juros estáveis em 10,5% por unanimidade, incluindo os diretores indicados por Lula. Mas a incerteza se instalou porque Lula hoje criticou não apenas Campos Neto, mas todo os diretores que fazem parte do Copom.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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