Debate em SP foi troca de acusações, mas quem será mais efetivo nos cortes?
O primeiro debate das eleições municipais em São Paulo seguiu o roteiro esperado: um festival de troca de acusações e poucas propostas concretas.
O campeão de ataques infundados foi Pablo Marçal (PRTB), que chegou a sugerir, sem provas, que Guilherme Boulos (PSOL) tem envolvimento com drogas.
Com a rejeição mais alta entre os postulantes, Boulos se esforçou para manter a serenidade e abordar projetos.
Ricardo Nunes (MDB) tornou-se o alvo preferencial dos adversários e passou praticamente todo o tempo se esquivando, mas também se manteve sereno.
Enquanto José Luiz Datena (PSDB) parecia perdido, coube a Tabata Amaral (PSB) tirar Marçal do sério com uma pergunta simples sobre um problema da cidade e outra sobre as investigações contra ele.
E também foi ela que abordou a delicada questão do boletim de ocorrência da mulher de Nunes contra ele por agressão e depois postou o documento nas redes sociais.
Historicamente vence o debate quem se mantem mais calmo e mais propositivo.
Eram o que apontavam as pesquisas qualitativas das campanhas de Boulos e Nunes, que comemoravam.
Mas quem fará os melhores cortes nas redes sociais? Nesse jogo, Marçal, que se descontrolou várias vezes, é mestre.
7 comentários
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Paulo Pasin
O atual prefeito exagerou quando quis capitalizar a redução do desemprego . Todo mundo sabe que isto ocorreu por causa da política econômica do governo Lula.
Alcides da Silva Alcantara
Esse Marçal, sujeito fino, educado, bastante equilibrado, culto, com uma ficha criminal limpa, se eleito, será um grande prefeito. São Paulo só terá a ganhar com esse lorde inglês
Marcos Gorelik Ajzenberg
O UOL não vai fazer nenhum artigo sério sobre os reais problemas da cidade? Só vai ficar comentando as fofocas dos debates, como se a eleição de uma cidade de 12 milhões de eleitores fosse um jogo de futebol ou uma luta de boxe, com torcedores batendo palmas ou vaiando os craques ou os pugilistas? Porque debate é isso. Ficar comentando o debate é muito mais fácil do que tratar dos reais problemas de uma metrópole, como a paulistana, cuja decadência é visível sob todos os pontos de vista: urbanismo, paisagismo, áreas verdes, trânsito, saneamento, fios à mostra, segurança, limpeza, varrição, resíduos sólidos, educação, policiamento. Porque não tentar entrevistar os "candidatos" sobre os reais problemas desta metrópole, e como os tais pensam em como resolvê-los. Isso seria um jornalismo de qualidade. Não é o que os senhores estão fazendo. Saudades da antiga Folha de São Paulo, de Otávio Frias Jr. e Matinas Suzuki. Mas este é o século XXI...